Dos 147 ônibus da frota operante de Macapá, 99 deles são adaptados para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Mas a Associação dos Deficientes Físicos do Estado reclama da falta de
preparo dos motoristas para manusear o aparelho e das longas esperas por
veículos com a adaptação.
Segundo Fernando Pereira de Oliveira, 45 anos, vice-presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Amapá, muitos motoristas de ônibus costumam parar nos pontos para pegar passageiros, porém, quando percebem a presença de uma pessoa com deficiência, informam que o elevador está com defeito.
Segundo Fernando Pereira de Oliveira, 45 anos, vice-presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Amapá, muitos motoristas de ônibus costumam parar nos pontos para pegar passageiros, porém, quando percebem a presença de uma pessoa com deficiência, informam que o elevador está com defeito.
Duas justificativas são usadas
pelos motoristas: não saber manusear o aparelho e a demora do
mecanismo, que atrasa a partida do ônibus.
"Já subi carregado para entrar em um ônibus uma vez e tinha a certeza
de que o equipamento estava funcionando.
Quando chegou minha parada,
peguei o controle e mostrei ao motorista e aos passageiros que ele
estava em perfeitas condições de ser usado", disse ele, que há vinte
anos necessita de cadeira de rodas para se locomover. Segundo Oliveira,
ele ficou paraplégico após levar um tiro.
Oliveira contou ainda que os motoristas não esperam todos os
passageiros passarem pela roleta, colocando em risco a vida dos mesmos e
dos outros passageiros.
"Já vi idosas se desequilibrarem enquanto
passam na roleta, e passageiros que ainda estão pagando a passagem e se
machucam quando o ônibus aceleram. Corre o risco de algum deles se
machucar ou até me machucar."
Ele contou ainda que costuma esperar meia hora durante a semana e uma hora nos finais de semana e feriado, quando a frota é reduzida. Dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (SETAP) comprovam que em 2008 existiam apenas 2 ônibus adaptados.
Ele contou ainda que costuma esperar meia hora durante a semana e uma hora nos finais de semana e feriado, quando a frota é reduzida. Dados do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (SETAP) comprovam que em 2008 existiam apenas 2 ônibus adaptados.
Entre 2009 e
2012 foram incorporados à frota 54 ônibus novos, todos com
acessibilidade, um investimento de mais de R$ 13 milhões. O sindicato
estima 100% da frota urbana e intermunicipal com acessibilidade em 2014.
Desde 2004, as leis nº 0824 e nº 6213, respectivamente, garantem a gratuidade no transporte coletivo intermunicipal e no transporte coletivo urbano a deficientes físicos com reconhecida dificuldade de locomoção no Estado do Amapá.
Treinamento
Desde 2004, as leis nº 0824 e nº 6213, respectivamente, garantem a gratuidade no transporte coletivo intermunicipal e no transporte coletivo urbano a deficientes físicos com reconhecida dificuldade de locomoção no Estado do Amapá.
Treinamento
Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac), em fevereiro, motoristas e trocadores receberam um curso realizado pela empresa que implantou o sistema de acessibilidade nos ônibus do Estado.
Além disso, a companhia diz que realizou a primeira etapa de fiscalização das estruturas dos ônibus, e as empresas com irregularidades foram notificadas em abril.
A segunda etapa, de verificação destas correções ainda não tem data definida para acontecer.
A orientação da CTMac é que os cadeirantes que tiverem qualquer tipo de problema, procurem a companhia e abram um processo com o caso.
Procurado pela reportagem o SETAP, não deu retorno sobre o assunto.
Fonte: http://g1.globo.com/ap/amapa
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