Uma equipe de cientistas britânicos desenvolveu um novo exame que promete detectar, mais cedo e com mais precisão, a síndrome de Down durante a gravidez.
A equipe da universidade Kings College de Londres, responsável pela
pesquisa, analisou o sangue de mil grávidas e concluiu que o novo teste,
chamado exame de DNA fetal (cfDNA, na sigla em inglês), pode mostrar
"quase que com certeza" se o bebê tem o distúrbio genético.
Atualmente, o teste mais comum é feito entre a 11ª e a 33ª semana de
gravidez por meio de ultrassom. Nele, o médico mede a quantidade de um
líquido, atrás do pescoço do bebê, chamado translucência nucal. Crianças
com síndrome de Down tendem a apresentar uma maior quantidade dessa
substância.
Além disso, hoje, as grávidas podem fazer um exame de sangue para
checar se há níveis anormais de certas proteínas e hormônios em seus
bebês.
A partir desses testes, são calculadas as chances de a criança ser
portadora da síndrome. No entanto, se a chance for alta, a recomendação é
que as grávidas passem por um dos dois testes para esses casos –ambos
invasivos e arriscados.
Um deles é a biópsia do vilo corial, que analisa uma pequena amostra da
placenta. O outro é a amniocentese, que testa o líquido aminiótico que
envolve o bebê. A probabilidade de os dois exames provocarem aborto é de
um em cem casos.
Definitivo
O professor Kypros Nicolaides, que coordenou a pesquisa, afirmou que o
novo exame de DNA é muito mais certeiro, já que seu resultado indica com
99% de precisão se o bebê apresenta a síndrome de Down.
"Esse teste é praticamente um diagnóstico. Ele mostra com quase certeza
se o seu bebê tem ou não a síndrome", diz Nicolaides. "Da perspectiva
da mulher, ele traz uma mensagem muito mais clara sobre o que fazer em
seguida."
Segundo ele, hoje a prática médica recomenda envolver os pacientes
nessas decisões. "Mas isso é apenas da boca para fora. Porque se o risco
é de, por exemplo, um em 250, como é possível decidir? Quando os
pacientes tiverem mais clareza, será mais fácil."
A equipe médica, que publicou a pesquisa sobre o teste na revista
científica "Ultrasound in Obstetrics and Gynaecology", agora vai fazer
um estudo com 20 mil mulheres para incrementar os resultados obtidos.
A Associação de Síndrome de Down no país disse que a realização do teste ainda não é algo iminente.
Fonte: http://mulher.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário