4 de jun. de 2013

Centro de Equoterapia celebra 10 anos de funcionamento em Roraima

 Contato com o cavalo é fundamental na melhora do comportamento e autoestima dos praticantes (Foto: Rodrigo Menaros / G1 RR)

Contato com o cavalo é fundamental na melhora do comportamento e autoestima dos praticantes (Foto: Rodrigo Menaros/G1)


 
O Centro Estadual de Equoterapia (CEEQUO) Thiago Vidal Magalhães, em Roraima, celebrou dez anos de funcionamento com uma programação especial aos seus praticantes e funcionários. Na manhã desta quinta-feira (30) o evento contou com apresentações de malabarismo, mágica, sorteio de brindes, entrega do certificado "Amigo da Equoterapia", e também um almoço aos presentes.


De acordo com o sargento De La Roque, diretor do CEEQUO e membro da Polícia Militar de Roraima, o centro ainda é muito jovem, mas vem gradualmente consolidando as suas atividades no estado. 

"A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo como instrumento pedagógico e de reabilitação física".


O Centro atende atualmente 137 pessoas, dentre crianças, jovens e idosos, que recebem um encaminhamento médico com indicação para a prática de equoterapia. Depois de passarem por uma avaliação com uma equipe multiprofissional, formada por fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e educadores físicos, um cavalo é especialmente escolhido para as necessidades específicas de cada um, e o tratamento tem início.


Síndrome de Down, acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico e diversas formas de paralisia cerebral são as ocorrências mais frequentes no CEEQUO, segundo o sargento De La Roque.


A fisioterapeuta Márcia Sartor auxilia um praticante da equoterapia (Foto: Rodrigo Menaros / G1 RR) 

A fisioterapeuta Márcia Sartor auxilia um praticante da equoterapia (Foto: Rodrigo Menaros/G1)

Para Márcia Sartor, fisioterapeuta do Centro, os resultados da equoterapia começam a aparecer de oito a dez sessões depois do início do tratamento, mas alguns praticantes apresentam melhora desde a primeira vez que sobem no cavalo.

 "No caso de autistas, uma pessoa com depressão ou que teve um AVC e que está com o comportamento alterado, uma sessão de equoterapia já traz uma grande melhora. Nós vemos o comportamento e a autoestima mudar muito".

A escolha do cavalo como instrumento no tratamento se deve ao fato dele ter uma passada muito semelhante à marcha normal do ser humano, o que auxilia na movimentação e estímulo de todos os músculos do corpo durante a prática. 

"O cavalo aceita a pessoa como ela é. Ele fica amigo, reconhece o cheiro do praticante desde a primeira sessão", disse a fisioterapeuta.

Juscelinno Lima e Marly Renken, pais da pequena Liandra, levam a filha para as sessões de tratamento há dois anos. 

A criança nasceu com uma má formação congênita dos quatro membros (Síndrome de artrogripose), mas com a equoterapia vem apresentando melhoras na força e equilíbrio de seu corpo.

"Desde que começamos a trazê-la, o desenvolvimento dela melhorou bastante. Mesmo com suas limitações, hoje ela se locomove melhor, senta e consegue ficar de joelhos no chão. Além disso, o envolvimento com o cavalo a deixa muito feliz", afirmou Marly.

Liandra Renken, uma das beneficiadas com a equoterapia (Foto: Rodrigo Menaros / G1 RR) 

Liandra Renken, uma das beneficiadas com a equoterapia (Foto: Rodrigo Menaros/G1)
 
Fonte: G1 - RORAIMA

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