21 de jun. de 2013

Espetáculo ‘Quem tem medo do escuro?’ terá audiodescrição no dia 28 de junho

Atores da peça contracenando
Quem tem medo do escuro? Esta pergunta é, na verdade, o nome do espetáculo da Caravana Companhia de Teatro em cartaz no Centro Cultural São Paulo (CCSP)

No dia 28 de junho a audiodescrição permitirá que pessoas com deficiência visual tenham melhor compreensão de detalhes do cenário, figurino e até mesmo das cenas. 

O roteiro audiodescrito e a audiodescrição são assinados pela Iguale Comunicação de Acessibilidade.

Com entrada gratuita, o espetáculo é um ótimo programa para toda a família, grupos escolares, de instituições, entre outros. 

O tema principal é o escuro, algo que remete lembranças que fazem com que crianças e adultos se identifiquem com seus próprios medos, ilustra Lizette Toledo de Negreiros, da Divisão de Curadoria e Programação do CCSP. 

O adulto, às vezes, camufla esse processo, mas a criança não esconde que tem medos, e os exterioriza por meio da fala e até mesmo de gritos. Tema curioso que aguça a imaginação.

Quanto à audiodescrição, Lizette explica que o recurso faz parte do programa de acessibilidade do CCSP, denominado Livre Acesso, que tem por objetivo programar espetáculos que possam ser acessíveis às pessoas com algum tipo de deficiência. 

“É importante que possam estar integradas à programação cultural, sem exclusão. Que possam usufruir conjuntamente às demais pessoas presentes à plateia, a diversidade da programação. 

A audiodescrição é uma das mais importantes conquistas para assegurar a inclusão sociocultural aos cidadãos com deficiência visual, logo o CCSP tem como meta sistematizar programações com esse recurso para oferecer ao público”, completa.

Eduardo Leite, produtor executivo do espetáculo, conta que este é o primeiro trabalho do grupo com a audiodescrição, e acha que exemplos como este deveriam ser ampliados cada vez mais, por espaços culturais e até mesmo pelas companhias de teatro. 

“É fundamental que pensemos na acessibilidade da pessoa com deficiência visual às produções teatrais. Acredito que a audiodescrição pode ser um elemento a mais a ser incluído, por exemplo, em projetos que se beneficiam de leis de incentivo à cultura”, argumenta. 

Eduardo também acredita que com a inclusão do recurso audiodescrito, haverá mais divulgação dos espaços e espetáculos que o oferecem e, com isso, a sociedade sairá ganhando.

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