Quem tem medo do escuro? Esta pergunta é, na verdade, o nome do espetáculo da Caravana Companhia de Teatro em cartaz no Centro Cultural São Paulo (CCSP).
No dia 28 de junho a audiodescrição permitirá que pessoas com deficiência visual tenham
melhor compreensão de detalhes do cenário, figurino e até mesmo das
cenas.
O roteiro audiodescrito e a audiodescrição são assinados pela Iguale Comunicação de Acessibilidade.
Com entrada gratuita, o espetáculo é um ótimo programa para toda a
família, grupos escolares, de instituições, entre outros.
O tema
principal é o escuro, algo que remete lembranças que fazem com que
crianças e adultos se identifiquem com seus próprios medos, ilustra
Lizette Toledo de Negreiros, da Divisão de Curadoria e Programação do
CCSP.
O adulto, às vezes, camufla esse processo, mas a criança não
esconde que tem medos, e os exterioriza por meio da fala e até mesmo de
gritos. Tema curioso que aguça a imaginação.
Quanto à audiodescrição, Lizette explica que o recurso
faz parte do programa de acessibilidade do CCSP, denominado Livre
Acesso, que tem por objetivo programar espetáculos que possam ser
acessíveis às pessoas com algum tipo de deficiência.
“É importante que
possam estar integradas à programação cultural, sem exclusão. Que possam
usufruir conjuntamente às demais pessoas presentes à plateia, a
diversidade da programação.
A audiodescrição é uma das mais importantes
conquistas para assegurar a inclusão sociocultural aos cidadãos com
deficiência visual, logo o CCSP tem como meta sistematizar programações
com esse recurso para oferecer ao público”, completa.
Eduardo Leite, produtor executivo do espetáculo, conta que este é o
primeiro trabalho do grupo com a audiodescrição, e acha que exemplos
como este deveriam ser ampliados cada vez mais, por espaços culturais e
até mesmo pelas companhias de teatro.
“É fundamental que pensemos na
acessibilidade da pessoa com deficiência visual às produções teatrais.
Acredito que a audiodescrição pode ser um elemento a mais a ser
incluído, por exemplo, em projetos que se beneficiam de leis de
incentivo à cultura”, argumenta.
Eduardo também acredita que com a
inclusão do recurso audiodescrito, haverá mais divulgação dos espaços e
espetáculos que o oferecem e, com isso, a sociedade sairá ganhando.
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