10 de jun. de 2013

Projeto recebe dentes de leite para estudo do autismo

Desenho de um cérebro humano
O Projeto A Fada do Dente, elaborado pela bióloga Patrícia Beltrão Braga, em parceria com o professor Alysson Muotri, da Universidade da Califórnia, recebe dentes da primeira dentição de meninos e meninas autistas

Com as células da polpa do dente, Patrícia põe em prática uma reprogramação ao nível celular, convertendo-as em células-tronco que são distinguidas em neurônios.

De acordo com a Agência Universidade de São Paulo (USP) de Notícias, esse ato científico tornou possível determinar a origem de diversidades biológicas nos neurônios com autismo, apreciar as funções deles e até mesmo submeter substâncias a testes.

O empreendimento científico tem como sede a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP e aceita dentes de crianças de todo o País.

A bióloga, em contato com Muotri durante 2008, assimilou a técnica de reprogramação celular feita pelo médico japonês Shinya Yamanaka, vencedor do Prêmio Nobel de Medicina de 2012.

Yamanaka criou um mecanismo para reprogramar uma célula adulta (da pele), transformando-a em célula-mãe parecidas com as dos embriões. As células maduras foram "remoçadas" até a fase correspondente a 6 ou 7 dias após a fertilização do óvulo pelo espermatozoide.

Os pais com filhos autistas interessados no projeto podem procurar os pesquisadores por meio do correio eletrônico projetoafadadodente@yahoo.com.br. Os pais cadastrados recebem um kit para colher o dente quando ele cair ou for retirado.

O kit tem como finalidade manter as células do dente vivas para que cheguem em condições para o estudo: contém um frasco com um líquido de preservação e gelo reciclável. O dente não pode ser congelado nunca.



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