A luta pela cura da cegueira parcial, aquela
resultante de degeneração da mácula – o centro do campo visual –
causadas por problemas na retina, pode estar perto do fim. Cientistas
das universidades Stanford, nos Estados Unidos, e Strathclyde,
da Escócia, desenvolveram uma prótese capaz de captar informações
visuais e, através de um sistema elétrico, enviá-las ao cérebro.
A
novidade foi publicada nesta terça-feira (18) na revista Nature
Communications e no portal da revista Science News.
O sistema, que foi testado inicialmente com ratos de laboratório, com
sucesso, é formado por um par de óculos equipados com uma câmera, que
ficaria acima do nariz da pessoa.
Esta envia as imagens captadas para um
computador de bolso, que é o responsável por processar a informação
visual e enviar lasers infravermelhos para óculos e, consequentemente,
para os olhos.
Dentro dos olhos, mais especificamente na região da
retina, há microchips que são estimulados com a entrada do laser
infravermelho e convertem os dados para um sinal elétrico que vai para o
cérebro, atingindo a região responsável pela visão.
Nesta maneira de cura da visão parcial não é preciso que a pessoa passe
por cirurgias. Os chips colocados na retina são parte de um olho
biônico que não necessita de fios implantados cirurgicamente, assim como
outras próteses de retina já existentes nessa área da medicina.
De
acordo com o médico oftalmologista Marco Areal, integrante do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SindMed-RJ)
ainda há poucos estudos no Brasil que trabalhem com a luta contra
cegueiras: “
No Brasil, não há nenhuma pesquisa a esse nível, tão
avançada, até pelo custo do investimento que chega a muitos milhares de
dólares. No entanto, pode ter algum no Brasil que se enquadre nesse
projeto de pesquisa, mas a matriz é lá fora”.
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