3 de jun. de 2014

Bibliotecas Municipais de São Paulo receberão scanners para acessibilidade de pessoas com deficiência visual



Representantes de bibliotecas municipais participaram nesta terça-feira (27) do início do treinamento para a utilização de scanners que permitem a pessoas cegas terem acesso a livros e publicações que não estejam em braille. 


Os equipamentos, que reproduzem em áudio o texto escrito, serão entregues, inicialmente, a 13 bibliotecas municipais. 


A aquisição ocorreu pela mediação da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida junto ao Ministério Público do Trabalho para entrega dos scanners à Secretaria Municipal de Cultura. O recurso é proveniente de multas aplicadas a empresas pelo não cumprimento da lei de cotas.


Na região Central, as bibliotecas Mário de Andrade e Monteiro Lobato receberão os equipamentos. Na Zona Norte, os aparelhos serão instalados nas bibliotecas Álvares de Azevedo na Vila Maria e José de Anchieta, em Perus. Prestes Maia, em Santo Amaro; Viriato Corrêa, na Vila Mariana; e o Centro Cultural São Paulo, na Vergueiro, serão os pontos de leitura acessíveis na região Sul. Na Zona Leste, os scanners chegarão às bibliotecas Sergio Buarque de Hollanda, em Itaquera; Paulo Setúbal, na Vila Formosa; Vicente Paulo Carvalho, na Vila Curuçá; e Afonso Taunay, na Mooca. Mário Schenberg, na Vila Romana, e Alceu Amoroso Lima, em Pinheiros, serão as bibliotecas beneficiadas na Zona Oeste.


“A implantação de scanners para acessibilidade de pessoas cegas faz parte de um conjunto de ações, previstas em nosso plano municipal São Paulo Mais Inclusiva, voltadas para promover a equiparação de oportunidades no acesso à informação, à mobilidade e à participação de todas as pessoas”, afirmou a secretária Marianne Pinotti (Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida).


O treinamento acontece até o dia 05 de junho no Centro Cultural São Paulo que abriga a Biblioteca Louis Braille, considerada uma das mais completas em recursos de acessibilidade da América Latina. 


“Já utilizamos o scanner aqui e queremos mostrar às demais bibliotecas a nossa experiência com o uso do equipamento”, comentou o diretor da divisão de bibliotecas do CCSP, Waltemir Nalles.


O secretário adjunto da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Tuca Munhoz, esteve presente no treinamento e lembrou que entre as metas do Plano São Paulo Mais Inclusiva está a aquisição de scanneres de áudio e livros acessíveis para 100% das bibliotecas municipais. 


“Estamos dando um passo enorme hoje para a afirmação dos direitos das pessoas com deficiência. Em um curto espaço de tempo, outras bibliotecas receberão os scanners, oferecendo a pessoas cegas mais opções de espaços na cidade para leitura”, comentou.


O representante da Secretaria Municipal de Cultura, Francisco Marcos Dias, reiterou que não adianta apenas repassar os equipamentos às bibliotecas sem que haja a sensibilização de todos os agentes de cultura. 


“Precisamos envolver todos a saírem da zona de conforto para que os scanners não fiquem subutilizados”, concluiu.



 

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