O Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou investigação para apurar a falta de piso tátil nos terminais de Campo Grande, mas os prédios do próprio órgão não têm a guia para pessoas com deficiência visual.
No Parque dos Poderes, sede da Procuradoria Geral do Estado, a única entrada que dá acesso aos pedestres é desprovida da sinalização. O mesmo acontece em todo o caminho que precisa ser percorrido para chegar até a entrada principal.
Nas promotorias agrupadas no prédio ao lado do Fórum, na rua da Paz, o
piso tátil se restringe à calçada. Mas a pessoa com deficiência que
quiser entrar no local, não terá como se guiar.
Já na avenida Ricardo Brandão, outra sede do MPE em Campo Grande, o
piso foi instalado, e segue todo o percurso, desde o portão de entrada,
passando pelo estacionamento, até chegar na entrada.
Exemplo – Sobre a cobrança feita sem dar o exemplo, o
MPE afirma reconhece a falta de adequação às normas da ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).
Por meio de nota, a assessoria de
imprensa do órgão afirma que o processo para obras de calçada e piso
tátil, no prédio da Procuradoria-Geral, encontra-se em processo de
licitação, e serão iniciadas neste ano, sem no entanto, especificar a
data.
Quanto às Promotorias da Rua da Paz, o MPE considera estar dentro das
normas da legislação e, portanto, não serão feitas mudanças.
O procedimento para averiguar a acessibilidade nos terminais de ônibus
foi publicado no Diário Oficial do MPE, e instaurado pela promotora de
Justiça dos Direitos Humanos, Jaceguara Dantas da Silva Passos.
Em visita à dois terminais - General Osório e Morenão – o Campo Grande
News constatou que além da falta de piso tátil, as calçadas estão
danificadas ou precisam de reparo.
O piso tátil está previsto na Lei Federal 10.098, de 19 de dezembro de
2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção
da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos
nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e
reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.
Fonte: Cassilândia Jornal
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