O Ministério Público do Trabalho no Amazonas (MPT 11ª Região), por meio da procuradora do Trabalho Andrea da Rocha Carvalho Gondim, firmou um acordo judicial com a empresa Procter & Gamble do Brasil S/A (P&G – GILLETE), em que estabelece a reserva de vagas a pessoas com deficiência e beneficiários reabilitados na empresa.
O acordo é resultado de uma Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo MPT
11ª Região, em março deste ano, na 13ª Vara do Trabalho de Manaus, em
razão da constatação de irregularidades na contratação de pessoas com
deficiência na rede P&G, o que fere o artigo 93 da Lei 8.213/91 que
trata sobre as cotas para pessoa com necessidades especiais nas
empresas.
A partir de agora, tanto a matriz da empresa em Manaus, quanto as
filiais localizadas em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, deverão
adequar-se à cota legal de contratações de pessoas com deficiência ou beneficiários reabilitados
pelo INSS nos quadros da empresa que possua cem ou mais empregados.
O
documento possui um cronograma que prevê 30 novas contratações de
trabalhadores com deficiência até junho de 2015 e mais 20 até junho de
cada ano subsequente, totalizando 90 contratações em junho de 2018.
Será cobrada multa de 5 mil reais por cada número de
trabalhador insuficiente para completar a cota ajustada para o período.
E
ao término do cronograma, no caso de descumprimento da determinação,
será aplicada multa de 100 mil reais. Os valores vão ser destinados para
entidade indicada pelo órgão ministerial em momento oportuno.
Também ficou acordado que as novas contratações não deverão ser
compensadas com a demissão de empregados sem qualquer deficiência ou a
criação de novos postos de trabalho.
Além disso, o grupo econômico deve
abster-se de dispensar trabalhador reabilitado ou com deficiência sem a
prévia contratação de substituto em condição semelhante.
Fonte: D24am
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