Na véspera da Copa do Mundo, Curitiba se mostra parcialmente preparada quando o assunto é acessibilidade.
Mesmo com as várias obras de mobilidade do PAC da Copa, os turistas com algum tipo de deficiência terão que ter paciência para se locomover na capital paranaense.
Com a ajuda do cadeirante e
presidente da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP),
Mauro Nardini, o G1 visitou os principais pontos de acesso e de turismo
de Curitiba.
O cadeirante pontuou várias questões, sugeriu adaptações e elogiou algumas reformas.
O cadeirante pontuou várias questões, sugeriu adaptações e elogiou algumas reformas.
Aeroporto Afonso Pena
O passeio começou no Aeroporto Internacional de Curitiba, localizado em
São José dos Pinhais, na região metropolitana.
As primeiras
dificuldades relatadas por Mauro começaram logo no estacionamento do
terminal ao perceber o uso indiscriminado das vagas reservadas para
deficiente. Dois carros de pessoas sem deficiência estavam estacionados
no local.
Em seguida, Mauro também apontou falhas em uma das rampas do
estacionamento. "Essa rampa é curta e muito íngreme. Se ela tivesse uma
inclinação menor, iria, com certeza, facilitar o acesso", disse.
Já o banheiro do terminal foi elogiado pelo cadeirante. "A princípio o
banheiro está dentro das normas. É bastante amplo e a pia e a papeleira
estão no local próprio", argumentou.
Ao pegar o elevador para a ala de embarque, Mauro enfrentou uma pequena
fila e não teve preferência por parte dos outros passageiros para
entrar.
"Vejam a situação que a gente tem que enfrentar dentro do
aeroporto já próximo da Copa. Imagine os turistas que vão chegar?",
indagou o cadeirante.
Ao simular o check-in no terminal, o cadeirante não encontrou
dificuldades. O aeroporto tem várias sinalizações da fila preferencial,
tanto para cadeirantes, como para idosos e gestantes.
"Pelo menos aqui a
coisa tá bem sinalizada", relatou Nardini.
Rodoferroviária
O próximo destino de Mauro foi a Rodoviária de Curitiba, que teve as
obras de reforma concluídas na segunda-feira (2). No estacionamento,
tudo correto e acessível, segundo a opinião dele.
Porém, ao procurar
informações sobre os guichês de compra de passagem, o cadeirante relatou
a falta de sinalização e teve dificuldades.
"Tá bastante complicado
porque a gente tem que atravessar toda a rodoviária para poder ir até o
guichê para comprar uma passagem. Pelo menos a gente adquire o bilhete e
embarca no mesmo local. Isso é bom", argumenta Mauro. Ele sugeriu que
tivesse um acesso mais prático para os deficientes no piso térreo.
Fonte: G1
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