10 de jun. de 2014

Henrique Alves diz que Plenário será reformado para se tornar totalmente acessível

Foto com o símbolo da acessibilidade
O Plenário da Câmara dos Deputados vai passar por uma reforma nos próximos meses para se tornar totalmente acessível


Na abertura de sessão solene em homenagem aos 15 anos do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), na última terça-feira (3), o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, informou que as obras ocorrerão entre julho e outubro.Nesse período, as sessões da Câmara serão realizadas no auditório Nereu Ramos.


Durante a sessão solene, Alves lamentou a dificuldade enfrentada pela deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), cadeirante, para subir à mesa da presidência no Plenário. 


A deputada teve que ser carregada por funcionários da Casa para chegar até o local, onde, como solicitante da homenagem, passaria a coordenar os trabalhos da sessão.


"Prometo que a última vez essa dificuldade. Última vez em que esta cena se acontece”, disse Alves.
 

Ampliações
 

A deputada Rosinha da Adefal lembrou que muitas intervenções na estrutura da Câmara foram feitas nos últimos anos para ampliar a acessibilidade às pessoas com deficiência, como banheiros adaptados, presença de intérpretes de sinais, aquisição de tecnologias assistivas e uso de audiodescrição. Mas as mudanças no acesso a todas as estruturas do Plenário são, segundo ela, simbólicas.


"A presença dos deputados cadeirantes e das pessoas com deficiência no dia a dia da Câmara provoca essa mudança. Com certeza, é uma mudança física, mas que acarreta mudança cultural, acarreta uma mudança de hábito aqui na Câmara”, disse. 


“Eu me sinto contemplada, enquanto pessoa com deficiência, que tem dificuldade de mobilidade, de dificuldade de locomoção”.


Rosinha da Adefal destacou que, quando da inauguração do prédio do Congresso, em 1960, não se imaginava que uma pessoa com deficiência pudesse participar das discussões no Parlamento.


Henrique Eduardo Alves destacou que mais de 45 milhões de brasileiros têm algum grau de deficiência, o equivalente a quase 24% da população. Para ele, "a deficiência é simplesmente uma diferença e a sociedade precisa se educar para conviver com ela".




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