5 de jun. de 2014

Fiscalização do uso de vagas para pessoas com deficiência é intensificada

Foto da placa da vaga acessível
Uma média de 45 donos de veículos foi notificada pela Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador) a cada final de semana de maio por uso indevido de vagas preferenciais para idosos, pessoas com deficiência e mobilidade reduzida


De segunda a sexta-feira, a média é de 20 autos de infração, segundo o órgão.


Para estacionar nos espaços reservados, é necessário ter credencial emitida pelo órgão, mesmo no caso de pessoas que preenchem os pré-requisitos.O documento deve ser exposto no painel do carro.


O chefe do setor de credenciamento do órgão, Sérgio Barbosa, informou que a ação já ocorre há dois anos. Mas, nos últimos seis meses, houve incremento devido ao volume de queixas registradas na central telefônica do órgão (118).


"A fiscalização é feita em qualquer lugar onde haja vagas preferenciais, com base nas resoluções 303 e 304 do Departamento Nacional de Trânsito. A cada dia é escolhido um local. Há muita queixa de desrespeito, de gente que estaciona e não é idoso nem portador de deficiência, principalmente em shopping", afirma Barbosa.


Segundo o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, a fiscalização em shoppings, supermercados e lojas de grande porte, será intensificada e ampliada.
 

Flagrante
 

Na segunda-feira, 2, a equipe de A TARDE circulou pelo estacionamento do Salvador Shopping e, apesar das placas de alerta sobre a necessidade da credencial, flagrou vários veículos em locais destinados a idosos e sem exibi-la no painel.


O administrador José Camargo, 63, foi um deles. Apesar de ter o direito, ele estacionou, mas não tem o documento. "Não sabia que era obrigatório portá-lo", disse.


"Se há uma lei, tem que ser respeitada. Muitos não têm credencial e não levam a sério", destacou o aposentado Eronildes Pituba, 66, que diz estar sempre com ela no carro.


Já o economista Charles Oliveira, 68, garante que nunca esquece de pôr o cartão em local visível. "Se a pessoa não o colocar (no painel), não há como saber se é realmente idosa ou deficiente. É um absurdo, porque tem quem se aproveite", afirmou.
 

Reclamações
 

No último fim de semana, a ação da Transalvador foi alvo de reclamações e revolta de motoristas, mas o órgão defende a necessidade do documento. 


"Alguns acham que basta ser idoso, outros acreditam que, por se tratar de shopping, não poderíamos multar. Mas é um local de acesso público", disse Muller.


Segundo a chefe do setor de fiscalização, Elisabete Ferreira, no início houve resistência, mas depois os estabelecimentos entenderam a importância da ação. Entretanto, a vigilância é feita por etapas.


"A equipe é pequena, não há como estar em todos os shopping centers, embora o abuso seja grande. Então, um dia atuamos em um andar. Depois, em um pavimento diferente", explicou.


A direção do Salvador Shopping, Bela Vista e do Barra informou, via assessoria, que promovem a conscientização dos usuários que respeitem os que têm direito às vagas.




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