Ao todo, 23,9% da população brasileira - o que equivale a 45,6 milhões de pessoas - tem pelo menos um tipo de deficiência,
seja ela auditiva, visual, motora ou intelectual.
Quando consideramos
deficiência em grau severo - dificuldade para ouvir, enxergar, caminhar e
subir escada, entre outros -, esse número é de 12,8 milhões de pessoas,
o que correspondente a 6,7% da população total.
Os dados foram
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quando se fala em mercado de trabalho para pessoas com deficiência, pode se verificar que, apesar das leis recentes
que abrem vagas nas empresas a pessoas com deficiência, a participação
desses brasileiros na população economicamente ativa ainda é pequena.
Os homens representam 26,4% da população economicamente ativa, enquanto
20,8% das mulheres ocupam esse espaço. Palmas, Brasília e Macapá foram
capitais onde as mulheres com deficiência tiveram mais participação no
mercado de trabalho.
Em geral, as mulheres são maioria nas duas faixas de pesquisa: tanto no
total de pessoas que apresentam alguma deficiência (25,8 milhões contra
19,8 milhões de homens), quanto na severidade (com 7,1 milhões do
total). O Nordeste é onde os índices de deficiência são maiores para
ambos os sexos.
Alguns fatores influenciam na constatação de que mulheres possuem maior
número de deficiências que os homens. Um deles, por exemplo, é a maior
perspectiva de vida que elas têm em relação a eles.
Com isso, as
deficiências que aparecem na terceira idade são registradas, em sua
maioria, em pessoas do sexo feminino.
Segundo o IBGE, mulheres idosas
possuem deficiência visual, mental e motora mais severas que os homens.
Esses, por sua vez, apresentam maior deficiência auditiva.
Em relação à inserção social de crianças com
deficiência, os dados mostram que essa condição não os afasta da escola.
Isso porque 86,3% dos meninos e 88,4% das meninas com alguma
deficiência em grau severo entre os 6 e os 14 anos de idade estavam na
escola em 2010.
Os que têm deficiência motora ou intelectual estão entre
os que encontram dificuldades para ir à escola seja por falta de
estrutura na escola, em casa ou no trajeto.
O estudo indica avanços no Brasil na proteção das pessoas com
deficiência, principalmente das crianças, com uma renda estável de um
salário mínimo para auxiliar nos gastos com os cuidados necessários, mas
adverte que é preciso seguir investindo em estrutura de cuidado e
educação para essas crianças, já que, em geral, o papel de cuidadora
recai sobre as mulheres que ficam impedidas de acessar o mercado de
trabalho.
Fonte: Terra
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