A mãe de uma criança de quatro anos, com deficiência física, denunciou a falta de acessibilidade de uma linha de ônibus que opera na região metropolitana de Belém.
Segundo a dona de casa Lucileia Costa, ao perceber que ela gravava
imagens de passageiros ajudando a criança a ser colocada dentro do
veículo, o motorista arrancou e foi parar o coletivo três quarteirões
depois. O caso foi denunciado às polícia e à Defensoria Pública do
Estado.
Lucileia leva Pablo pelo menos três vezes por semana para fazer
fisioterapia, e depende do transporte público.
"Geralmente eu faço
sinal, eles passam direto, fingem que não veem. Quando param, falam que o
elevador está quebrado", denuncia. Mãe e filho já passaram por diversas
situações constrangedoras.
A Defensoria notificou a Viação Forte,
responsável pela linha 40 Horas - Presidente Vargas. O diretor da
empresa foi convocado para uma concicliação sobre o caso no dia 18 de
novembro.
"Caso a empresa se recuse a fazer algum tipo de acordo, ou não
cumpra esse acordo, a gente vai entrar com uma ação civil pública para
que o judiciário venha a decidir essa demanda", disse o defensor Jhony
Fernaneds Giffoni.
"Eu não vou isolar meu filho, simplesmente deixar de sair com ele por
conta dessa situação. Por isso eu recorri à defensoria, porque isso tem
que acabar, isso não pode ficar assim", afirma Lucileia.
A empresa não quis comentar o caso mostrado na reportagem, mas garantiu
que 200 dos seus coletivos já estão equipados para receber pessoas com
deficiência e que os funcionários são treinados para usar o equipamento e
conduzir o passageiro.
Fonte: G1
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