19 de nov. de 2014

Problemas oculares na infância e na adolescência são muito comuns.

 


Problemas oculares na infância e na adolescência são muito comuns. Dados do Ministério da Saúde revelam que 30% das crianças em idade escolar apresentam algum problema de vista. 


O que muita gente não sabe é que cerca de 90% do desenvolvimento da visão ocorrem até os dois anos de idade. Quando a alteração ocular não é corrigida na infância, acarreta prejuízos para o resto da vida. 


As duas principais causas de cegueira evitável no Brasil são a catarata e falta de óculos. Oito em cada 10 casos de perda de visão poderiam ser evitados se detectados precocemente.


De acordo com o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio, o ideal é que a primeira consulta oftalmológica ocorra com um ano de idade. 


“Quanto antes diagnosticado o problema, maiores serão as chances de tratamento eficaz porque a visão ainda não está totalmente desenvolvida”, afirma o médico, lembrando que na França, por exemplo, toda criança passa pela primeira consulta com um ano de idade e, em decorrência disso, o país possui um dos menores índices de problemas de visão.


Na consulta, são realizados exames que avaliam a integridade anatômica e funcional das diversas partes do olho, dando ênfase ao diagnóstico de vícios de refração - miopia, hipermetropia e astigmatismo.


 A criança também deve ser submetida a exames de fundo de olho. O procedimento pode identificar doenças sérias como tumores e problemas vasculares.


Um dos problemas mais comuns encontrados em crianças é a hipermetropia: um erro de focalização da imagem no olho, fazendo com que a imagem seja formada após a retina. 


“A doença provoca dores de cabeça e desconforto para ler de perto, assistir à TV ou JOGAR videogame. Em função do cristalino da criança ser mais flexível, o erro de refração pode ser compensado com maior facilidade”, explica Hilton Medeiros.


Já a miopia e o astigmatismo provêm de alterações na estrutura do olho, mas um exame nos anos iniciais pode detectar até casos mais delicados, resultantes de acidentes ou de malformação genética.


Outro problema muito comum em crianças é a ambliopia. Também conhecida como visão preguiçosa, é de fácil tratamento quando diagnosticado cedo. 


No entanto, se não for tratada pode levar à cegueira. Ela ocorre quando há privação da boa qualidade de imagem em um dos olhos. 


O cérebro, então, elege o olho saudável e o desenvolvimento neurológico acaba desequilibrado, porque a visão afetada não é estimulada, tampouco estimula o nervo ótico, que está conectado à atividade cerebral. 


“O tratamento é feito tapando o olho bom, mas, se for realizado após os sete anos de idade, o prejuízo para a visão será irreversível”, comenta o especialista.


O estrabismo também é frequente e de fácil tratamento na infância.“Quando um dos olhos fica estrábico, duas imagens diferentes são enviadas para o cérebro. Nas crianças com pouca idade, o cérebro aprende a ignorar a imagem do olho desviado, passando a receber somente a imagem do olho não desviado ou de melhor visão. Ou seja, o estrabismo provoca a perda da visão tridimensional na criança”, explica o médico. Quando tratado nos primeiros anos de vida, apresenta um bom resultado. Caso contrário, a baixa visual poderá ser definitiva.


O glaucoma congênito, a catarata congênita, a retinopatia da prematuridade e o retinoblasta também são doenças frequentes em bebês e crianças. Já o ceratocone é mais comum entre os 13 e 18 anos, fase em que o corpo passa por mudanças e impulsos de crescimento.


Já os recém-nascidos devem ser submetidos ao teste do reflexo vermelho ou do olhinho. Este exame, de suma importância, identifica a catarata infantil, responsável por 20% dos casos de cegueira de brasileiros até 15 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde. Apesar de curável, a falta de informação e o diagnóstico tardio do mal são os principais vilões dos pequenos.


Fonte: Ler Para Ver


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