Jackie Lindsey vivia tranquilamente em Dorset, na Inglaterra, da renda
de aluguéis de propriedades suas, até oito anos atrás, quando começou a
sentir tonturas, dores nos olhos e formigamento nas mãos.
Após três anos
sem que os médicos conseguissem identificar o que ela tinha, ela se
diagnosticou com hipersensibilidade eletromagnética (EHS na sigla em
inglês) após pesquisar por sua própria conta.
Por conta da condição, Lindsey foi obrigada a vender a casa onde morava, pois conseguia sentir a rede elétrica do seu vizinho.
Atualmente, com 50
anos, ela vive em uma propriedade rural em Wimborne, na Inglaterra. Sua
casa não tem quaisquer produtos elétricos, nem recebe energia elétrica
da rede de distribuição.
Ela depende de velas, fósforos e gás natural
para o aquecimento da casa e para cozinhar.
Para poder sair de
casa, Lindsey utiliza uma roupa que cobre seu corpo inteiro, incluindo
um véu para o rosto.
O tecido da roupa é composto por 20% de fio de
prata, o que a torna relativamente "impermeável" a ondas
eletromagnéticas.
Sem a roupa, uma rede WiFi ou um smartphone podem
fazer com que ela tenha algo semelhante a um choque anafilático e pare
de respirar.
Além dela, Lindsey também carrega um medidor de
campo eletromagnético quando sai de casa. Caso se sinta mal, ela confere
o medidor para tentar chegar a um local mais isolado de ondas
eletromagnéticas.
Com isso, consegue, por exemplo, passar cinco minutos
dentro de uma loja sem que as redes de internet, as luzes e os aparelhos
eletrônicos a afetem.
Ainda assim, Lindsey necessita que parentes seus tragam compras para sua
casa. Embora ela acredite que ter se diagnosticado com EHS foi um
alívio (pois lhe permitiu entender o que acontecia com ela), ela também
lamenta as dificuldades de socialização que a condição lhe impõe.
"Eu
perdi tudo na vida que faz com que você se sinta humano", disse em
depoimento ao Daily Mail.
A condição
No
Reino Unido, a condição não é reconhecida pelos médicos.Na Suécia,
porém, EHS é considerado uma deficiência.
Lindsey comentou que se sentia
bastante insultada quando os médicos que ela frequentou diziam os
problemas eram uma invenção sua.
Segundo a instituição de caridade ES UK,
voltada ao auxílio de pessoas com essa complicação, 4% da população da
Inglaterra são severamente afetados por essa condição, e outros 30% a
40% sofrem dela de maneira mais branda.
A caridade estima que, conforme a
sociedade moderna se torne mais dependente de eletricidade, essas
porcentagens devem aumentar.
Fonte: Olhar Digital
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