Motoristas com mais de 60 anos ou com deficiência, inscritos no
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico)
poderão ficar isentos da taxa de renovação da Carteira Nacional de
Habilitação (CNH).
É o que prevê uma proposta em tramitação na Câmara
dos Deputados, aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família. O
texto altera o Código de Trânsito Brasileiro.
O CadÚnico é usado como critério pelo governo federal para identificar
famílias de baixa renda. Para fazer parte do cadastro, a família precisa
ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou
renda mensal total de até três salários mínimos.
Pela legislação atual, os condutores com mais de 65 anos têm de fazer o
exame para renovar a CNH a cada três anos e os demais motoristas, a
cada cinco anos. Todos pagam o mesmo valor pela renovação.
O texto aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Cristiane
Brasil (PTB-RJ), para o Projeto de Lei 5383/09, do deputado Arnaldo
Faria de Sá (PTB-SP), que originalmente concedia gratuidade na taxa de
renovação apenas aos motoristas com mais de 65 anos de idade.
Ao
analisar o projeto e os anexos (PLs 6865/10 e 432/11), a deputada optou
por um novo texto, aproveitando dispositivos das três propostas em
análise.
O PL 6865/10, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), permite a
isenção da taxa para pessoas com mais de 60 anos. Já o PL 432/11, do
ex-deputado Walter Tosta, pretende conceder isenção para o idoso com
renda mensal inferior a dois salários mínimos e também para pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida.
“Concordamos com o corte de renda, de até dois salários mínimos, bem
como com a proposta que estende a isenção de taxa a pessoas com
deficiência com rendimento abaixo desse limite”, disse a deputada, “mas,
diante da dificuldade operacional de aferição individual da renda,
sugerimos a utilização do CadÚnico como referência”, completou.
Segundo ela, o pagamento de taxa de renovação a cada três anos é
injusto com os idosos de baixa renda, pois impõe um gasto excessivo a
essa parcela da população, cujos rendimentos de aposentadoria, muitas
vezes, são insuficientes para arcar com seu elevado custo de vida.
O projeto tramita em caráter conclusivo e será ainda analisado pelas
comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: A Tribuna / Vida Mais Livre
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