Graças a um episódio que começou há sete anos, a Nike está desenvolvendo tênis que podem ser calçados e ajustados com apenas uma mão, o que vai facilitar a vida de pessoas com mobilidade reduzida. E a empresa fez isso reinventando o zíper.
Tudo começou quando Jeff Johnson, que havia sido o primeiro funcionário
da Nike, sofreu um acidente vascular cerebral e perdeu a articulação da
mão direita.
Mark Parker, o CEO da empresa, acionou o diretor de
inovações atléticas, Tobie Hatfield, e pediu que ele desenvolvesse um
calçado que pudesse ser usado pelo ex-companheiro.
O resultado foi um
modelo com duas tiras de velcro cruzadas que Johnson poderia usar
durante sua recuperação.
O caso ficou dormente até 2012, quando Parker acionou Hatfield outra
vez, desta vez para atender um garoto de 16 anos que vivia em Miami.
Matthew Walzer, que teve paralisia cerebral, era fanático pela Nike e
escreveu em seu blog que os tênis da marca eram melhores que os calçados
ortopédicos, pois não causam bolhas por manter pernas e pés
estabilizados. O problema é que ele não conseguia amarrar os próprios
tênis.
Parker queria ajudar Walzer, e foi aí que Hatfield começou a trabalhar no que viria a se transformar no Flyease,
a reinvenção do zíper.
O diretor passou a conversar frequentemente com o
garoto, que recebia protótipos e depois contava o que tinha achado do
trabalho, até que chegaram ao ponto atual.
O tênis que usa o Flyease é aberto como se fosse uma laranja. Há um
zíper que vai de um canto a outro e, no final, se conecta a um velcro
que faz o resto do trabalho. Quando aberto, há espaço suficiente para
colocar e tirar o pé sem nem mesmo encostar as mãos no tênis.
Hatfield disse à Fast Co. que a tecnologia ainda não está totalmente
pronta, mas será lançado mesmo assim porque a Nike entende que do jeito
que está ela já é capaz de ajudar pessoas na mesma situação de Walzer.
A
ideia, entretanto, não é ter uma linha só para quem tem mobilidade
reduzida, tanto que o próprio executivo tem um modelo particular que ele
usa para correr, e que acelera sua passagem pela área de segurança dos
aeroportos (onde é preciso ficar descalço).
Fonte: Olhar Digital / Vida Mais Livre
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