O MPT (Ministério Público do Trabalho) do Amazonas ajuizou ação civil pública contra a P&G do Brasil
(dona de marcas como Gillette, Oral-B e Duracell) por descumprimento da
Lei 8.213/1991, que estabelece cotas para a contratação de pessoas com deficiência.
A ação pede a condenação da empresa em R$ 1 milhão por dano moral coletivo.
Contatada pelo UOL, a P&G disse que ainda não foi notificada e que
apesar de manter esforços para garantir a contratação e o aproveitamento
das pessoas com deficiência, há escassez de profissionais com as
qualificações necessárias para o preenchimento das vagas.
A companhia possui um quadro de 4.310 trabalhadores, sendo que 83 deles
são deficientes ou reabilitados do sistema de seguridade social. Para
cumprir o percentual de contratações previsto em lei (5%), seria
necessário o ingresso de mais 132 pessoas com deficiência.
"A empresa não diz que está discriminando, mas não contrata as pessoas.
Essa questão perpassa pela responsabilidade social da instituição de
incluir, abraçar essa pessoa no mercado, dar formação e treinamentos",
afirmou a procuradora do Trabalho, Andrea da Rocha Carvalho Gondim.
Caso a justiça conceda os pedidos do MPT, a companhia será obrigada a
contratar, em um prazo de 30 dias, profissionais em número suficiente
para cumprir a cota legal. As determinações serão válidas tanto para a
matriz, em Manaus (AM), como para as filiais localizadas nos Estados de
São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro.
Fonte: UOL Economia
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