Nessa segunda-feira (07), o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis publicou em sua página do Facebook um vídeo em que seu exoesqueleto robótico dá seus primeiros passos.
O objetivo do cientista é usar o equipamento para fazer uma criança tetraplégica dar o chute inicial da Copa do Mundo de 2014.
O exoesqueleto robótico deu seus seis primeiros passos sem a presença
de uma pessoa durante o vídeo. Essa foi a primeira vez que Nicolelis
mostrou o exoesqueleto andando sozinho. Clique aqui para ver o vídeo.
“Muitos disseram que a missão era impossível. Mas a 66 dias da abertura
da Copa, exoesqueleto do Projeto Andar de Novo dá os primeiros 6 passos
no chão. Acompanhe nesse videoclipe o momento histórico”, disse na
publicação do vídeo.
Walk Again Project – Nicolelis, um dos 20 maiores
cientistas do mundo pela revista Scientific American, trabalha com uma
equipe de 170 pesquisadores internacionais no projeto Walk Again Project
(Andar de novo, em tradução para o português).
A equipe tem pesquisadores da Universidade de Duke, nos EUA, e do Instituto de Neurociências em Natal, dirigido por ele.
Diversas experiências foram feitas com macacos e com um corpo
artificial. Elas mostram como a robótica pode ser uma grande aliada de
pessoas com deficiência física em busca de movimentos até então
impossíveis.
O exoesqueleto pode ser conectado ao cérebro do paciente, que então
controlaria o equipamento como se fosse parte de seu próprio corpo. A
técnica faz parte de uma linha de pesquisa conhecida como interface
cérebro-máquina, em que Nicolelis já teve resultados relevantes.
Recentemente, Nicolelis também divulgou outro vídeo em que um paciente
controlava o exoesqueleto robótico. Segundo o cientista, oito pacientes
que fazem parte do projeto já estão aptos a controlar os movimentos do
exoesqueleto com ajuda da atividade elétrica cerebral.
Quando um jovem tetraplégico conseguir dar o primeiro chute da Copa do
Mundo, Nicolelis acredita que vai provar para o mundo algo muito
importante. O pontapé feito com uma perna robótica será capaz de mostrar
que o Brasil é mais do que o país do futebol.
Fonte: Exame
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