Depois de um acidente doméstico, em que ficou com as duas pernas
imobilizadas, a dona de casa Selma Lírio Pereira da Silva, de 60 anos,
achou que nunca fosse se recuperar, mas ao saber do lançamento do Projeto Rio Mova-se, que aconteceu na manhã deste sábado, em Irajá, bairro da zona norte do Rio de Janeiro, sua esperança voltou.
“Estou achando ótimo. Deus me deu uma nova oportunidade”, comemorou.
Dona Selma é uma das mil inscritas no Projeto Rio Mova-se da Secretaria de Estado de Assistência Social (SEASDH), que é realizado em parceria com a Prefeitura do Rio, e que vai atender mensalmente pessoas com deficiência
e dificuldades nos movimentos.
O atendimento é das 17h30 às 22h, no
núcleo do Centro de Fisioterapia do Estado do Rio de Janeiro, que fica
na Avenida Monsenhor Felix.
“Um momento muito feliz na minha vida. Jamais achei que isso pudesse
acontecer, mas já que chegou, eu vou participar do projeto”, disse Nercy
Pereira, de 72 anos. A idosa declarou ainda que o Mova-se é uma ótima
oportunidade de sair do sedentarismo.
Os casos das duas cidadãs da terceira idade são diferentes, mas a
atuação do Mova-se no tratamento delas é igual: após uma avaliação de
uma equipe multidisciplinar, o processo de recuperação tem início com o
acompanhamento da própria família, que também participará de um curso de
cuidador de idosos com previsão para funcionar no próximo mês.
Para o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, Pedro
Fernandes, de 30 anos, o projeto é a realização de um sonho.
“Eu mesmo
sofri com uma dolorosa recuperação, após romper os ligamentos de um
braço. E, depois de passar por este sofrimento, tenho a felicidade de
inaugurar este que é o primeiro Centro de Fisioterapia do Estado do Rio
de Janeiro. Uma oportunidade de proporcionar tratamento às pessoas que
antes não conseguiam este acesso na rede particular, nem conveniada, e,
por conta disso, acabavam se tornando deficientes e com limitações
eternas”, realçou Pedro Fernandes.
Segundo ele, o Rio Mova-se é uma oportunidade das pessoas voltarem às
atividades físicas e sociais com dignidade. “Fizemos uma parceria com a
Prefeitura, através das Clínicas das Famílias, que vão encaminhar os
pacientes. Vamos fazer a triagem e o atendimento imediato.
A equipe é
formada por profissionais de fisioterapia. O tratamento que não é feito
pelo Programa das Pessoas com Deficiência, da Prefeitura do Rio, vamos
complementar com o Centro de Fisioterapia do Estado”, ressaltou o
secretário, que na ocasião, disse que a ideia é lançar sete projetos
iguais a este até o fim do ano.
Pedro Fernandes ressaltou que quase 40% das pessoas com deficiência não
têm acesso ao tratamento de fisioterapia.
“Até as pessoas que possuem
uma condição financeira melhor têm dificuldades em fazer tratamentos de
fisioterapia. Isso é obrigação do poder público, que deve correr atrás
deste prejuízo e proporcionar este benefício a toda população”,
finalizou.
Fonte: Governo do Rio de Janeiro
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