Entre os dias 08 de Abril a 6 de maio, o Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas, recebe pessoas com deficiência visual e auditiva para a participação em oficinas, que fazem parte do projeto "Um museu feito para nós, por nós".
Laboratório de fotografia, música e dança são algumas das atividades
presentes nos encontros.
Além disso, os participantes farão visitas a
locais escolhidos pela organização do projeto e terão contato com a
história e o acervo do Palácio dos Azulejos.
Foram disponibilizadas 20 vagas e as oficinas acontecem às terças e
quintas-feiras, das 14h às 16h.
Os participantes são orientados por uma
equipe formada pela artista plástica Cláudia Tosi, pela intérprete de Libras, Letícia Navero, pelo ator Joaquim Andrade e pelas especialistas culturais do MIS, Flávia Lodi e Juliana Siqueira.
Para Flávia, as oficinas são de extrema importância para o público com
deficiência visual. "O projeto é uma forma de tornar o museu um espaço
totalmente acessível e utilizado para conhecimento e momentos de lazer.
As oficinas são incentivo para essas pessoas adquirirem o hábito de
frequentar o MIS e participar de atividades durante todo o ano", afirma.
Irinéia Fortunato Euzébio é cega e participou do segundo dia da
oficina. "Poder ter contato e adquirir conhecimento por meio de cada
objeto e atividade proposta é muito importante. Entender como funciona o
processo de fotografia, por exemplo, é um assunto que nunca imaginei
aprender e tive essa oportunidade", conta.
"Um museu feito para nós, por nós"
O projeto é uma parceria do MIS com o Centro Cultural Louis Braille de Campinas,
realizado com recursos do Programa Ação Cultural (ProAc), do governo de
São Paulo, com apoio das Secretarias Municipais de Cultura e dos
Direitos da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
São R$ 100 mil repassados pelo programa, no qual serão investidos até
junho deste ano, para formação da equipe do museu para a cultura da
inclusão, que já está em andamento, adaptação da exposição de longa
duração com sinalização em Braille, pisos táteis, maquetes táteis e
disponibilização de vídeo-guias em Libras e audioguias; além da ação
educativa.
A Secretaria de Cultura e também a dos Direitos da Pessoa com
Deficiência e Mobilidade Reduzida de Campinas apoiam este projeto.
A
audiodescritora Bell Machado e a intérprete da lingua de sinais Josie
Oliveira da SMPD, deram um curso de três dias de capacitação para os
funcionários do Museu, no que se refere a Noções básicas de inclusão e
acessibilidade.
Fonte:Vida Mais Livre
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