28 de abr. de 2014

Laboratório do RS desenvolve mão biônica que pode substituir a humana

Foto da mão biônica
O laboratório da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) está desenvolvendo uma mão biônica que pode substituir funções da mão humana. 


A prótese pode revolucionar a vida de uma pessoa amputada, garantem os idealizadores. 


Ela consegue, por exemplo, captar sinais elétricos do corpo, permitindo a movimentação dos dedos.


O equipamento, no entanto, é apenas um dos projetos que estão sendo desenvolvidos na universidade. 


A maioria dos robôs e máquinas construídos no local já saíram do papel em outros países, mas dificilmente chegam até a população em função do alto custo. Por isso, surgiu um novo desafio. 


O coordenador do Laboratório de Excelência em Eletricidade, Automação e Sistemas Embarcados em Alta Confiabilidade da PUCRS, Fabian Vargas, explica que o objetivo é fortalecer o desenvolvimento de tecnologias nacionais. “Isso provoca a redução de custos, a inovação e agrega valor nesse tipo de produto”, afirma.



O professor de engenharia da PUCRS, Anderson Terroso, conta que este tipo de prótese produzida já existe no mercado e que o grande problema é o custo. “Estamos propondo algo de baixo custo. 


A impressão da mão não sai mais do que R$ 300 e os motores não vão passar de R$ 500”, diz. No mercado, o material poderia custar até R$ 20 mil. “É algo para atender as pessoas que não têm condições e fazer a inclusão delas”, acrescenta.


O projeto da mão biônica feita no Rio Grande do Sul vai além. A ideia é construir uma máquina para ensinar a linguagem de sinais a deficientes auditivos, mas isso ainda está apenas no papel. 


O objeto também foi utilizado para construir um robô pianista. Vargas conta que um dos objetivos é utilizar a invenção para ensinar música a crianças com deficiências visuais.


Os robôs também poderiam ser utilizados para acessar áreas perigosas e de alto risco para os seres humanos. 


No laboratório, já foi criado um veículo de operação remota com este objetivo. Já existem máquinas semelhantes a esta no mercado, mas por um custo 100 vezes maior. 


O engenheiro eletricista Rodrigo Carpe diz que o veículo foi construído pelo custo de R$ 1,5 mil.


 “Este preço é para o protótipo. Se fosse produzido em série o custo seria ainda menor”, afirma. 


Um aparelho com as mesmas funções chega ao mercado com o custo de R$ 20 mil atualmente, segundo ele. 


O robô é feito para se inserir principalmente em inspeções industriais, usinas, desastres naturais, zonas de conflito e guerra.


Algumas escolas já estimulam o despertar dos interesses dos alunos pela robótica desde cedo. 


Os alunos de uma escola de Ensino Médio, em Porto Alegre, participaram de aulas sobre o tema e já venceram quatro vezes uma competição de robôs escolares nos Estados Unidos. 


“Este ano a competição consistia em lançar bolas nos gols”, mostra o estudante Kin Max Gusmão, de 15 anos.


Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer de perto os projetos da PUCRS. “Eu sempre tive interesse por ciências em geral e por isso comecei a fazer aulas de robótica. Passei a gostar ainda mais”, diz o estudante Pablo Gonçalves.
 


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