Andar pelas calçadas de Maceió (AL) é um verdadeiro desafio. Se for um idoso, cadeirante ou uma mãe com um carrinho de bebê, a situação fica ainda pior.
Os obstáculos são muitos. Desde buracos até canteiros de plantas que deveriam "enfeitar" a calçada, mas acabam se tornando um empecilho para o pedestre.
A funcionária pública Viviane Gonçalves não quis mais saber de dirigir e resolveu andar a pé depois que se aposentou.
Ela não aguentava mais o trânsito, mas diz que caminhar pelas calçadas de Maceió é muito difícil.
"O único lugar que dá para andar tranquilamente na cidade é na orla da Jatiúca, Ponta Verde e Pajuçara, no resto é quase impossível. As ruas são todas irregulares, vira e mexe eu tenho que desviar de um buraco ou até mesmo de bueiros destampados", conta.
Essas são as mesmas reclamações da empresária Geonise Silva. "Além dos buracos e do desnível
das calçadas, tem os carros que usam o passeio como estacionamento. A
gente acaba indo para o meio da rua para desviar dos veículos", diz.
A garçonete Denise Lima diz que já tropeçou várias vezes nas calçadas cheias de buracos da
cidade e tem que tomar muito cuidado para não se machucar. "Tem umas
que são muito mais altas que as outras e na hora que você vai atravessar
a rua é fácil cair", complementa.
Ao contrário do que muita gente imagina, a responsabilidade de cuidar e
preservar a calçada é de cada proprietário, seja de ponto comercial,
casa ou edifício.
A Prefeitura tem o dever de fiscalizar, mas o secretário-adjunto da Superintêndencia Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU),
Alfredo Gazzaneo, diz que o número de funcionários é insuficiente para
fiscalizar toda a cidade.
Ele diz que são 30 servidores para fiscalizar
várias áreas, inclusive as condições das calçadas.
Mas a população pode fazer a sua parte e, além de cuidar da sua calçada, denunciar aquele que não cuida. Basta ligar para o Disque Denúncia da SMCCU através do número (82) 3315-4747.
Quem não cuidar da calçada pode ser notificado pela
Prefeitura. E, se não fizer os reparos no prazo estipulado, o "dono" do
passeio pode ser multado. O valor da multa varia de acordo com cada
irregularidade.
Para Gazzaneo, a responsabilidade de construir e manter os passeios deveria ser do município.
"Se nós fizéssemos o trabalho e a manutenção, poderíamos padronizar todo o passeio, tornando-o acessível a todas as pessoas. Cobraríamos o valor do proprietário em uma taxa extra ou no próprio IPTU", diz.
Mas o secretário-adjunto admite que, para isso acontecer, levaria tempo e precisaria de um projeto de lei.
Fonte: G1 / AL
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