28 de mar. de 2013

Memorial da Inclusão vira cenário de book fotográfico

Fotógrafa Daniela agachada com a máquina em direção da Daiane


Uma ideia que surgiu pequena na cabeça da jovem Daiane Lopes, cresceu e chegou ao espaço do Memorial da Inclusão, na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.

Daiane é cadeirante e residente em São Paulo (SP). Ao ver o trabalho da fotógrafa Daniela Gama, de Salvador, desejou ser fotografada por ela. E assim, de um contato por meio das redes sociais, modelo e fotógrafa marcaram a sessão. 

Por inúmeras razões, o primeiro encontro marcado pelas duas, em novembro de 2012, não deu certo e a sessão foi remarcada.

Neste meio tempo, muitas pessoas foram se envolvendo no sonho de Daiane e o transformando em algo maior.

 A fotógrafa Daniela estava acostumada a fazer seus books em espaços abertos e achou que este seria como os outros, porém Daiane escolheu o Memorial para o cenário de suas fotos.

O Memorial da Inclusão é um espaço que reúne em um só lugar, fotografias, documentos, manuscritos, áudios, vídeos e referências aos principais personagens, às lutas e às várias iniciativas que incentivaram as conquistas e melhores oportunidades às pessoas com deficiência, principalmente em um dos períodos mais importantes da história sociocultural e política do movimento de luta das pessoas com deficiência, que ocorreu no início dos anos 80.

Com o espaço escolhido, a fotógrafa envolveu, em Salvador, pessoas dispostas a ajudar neste bonito projeto fotográfico. A artista plástica da Universidade Federal da Bahia, Daiane Troesch, produziu inúmeros origamis em formato de borboletas, símbolo do Memorial da Inclusão, para o cenário do book. Janaína Rodrigues e Vajuraci, do Cultuarte, da Bahia, produziram acessórios e um vestido de crochê para utilizarem durante a sessão.

Daniela Auler, assessora de Moda Inclusiva da Secretaria também disponibilizou um vestido para o book de Daiane. Um vestido foi feito especialmente para Daiane pelo estilista baiano Romulo Salomão, do SENAC da Bahia. O artista plástico Marcel Gama, da Universidade Federal da Bahia, também preparou uma iluminação diferente para esse momento.

Como em uma rede, as pessoas foram se juntando ao projeto e o transformando em algo interativo. “Depois que nossa sessão chegou a esse tamanho, minha intenção é escrever a história de como tudo começou, das pessoas que foram se envolvendo no trabalho e a história dela (Daiane) e fazer um projeto para exposição de arte com fotografia.

 Além das melhores fotos dela, faria a exposição das peças que utilizamos e contaria essa história para as pessoas conhecerem”, enfatizou a fotógrafa. “Minha maior expectativa é que ela fique feliz com as fotos”, finalizou.

Daiane Lopes falou sobre a sensação de ser fotografada no Memorial. “Para mim é um presente, tanto pelo lugar, como pela fotógrafa. E era pra ser algo tão pequeno e tomou uma proporção muito grande. 

Essa sessão de fotos mostra também a superação. É importante poder mostrar o outro lado, que pessoa com deficiência também é bonita, que pode tirar fotos e elas ficam boas do mesmo jeito”.



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