
Superação. Palavra que define os esforços de Ana Paula Soares. Ela tem 27 anos, é surda, e há quatro meses, trabalha como auxiliar de serviços gerais, em um colégio em Montes Claros (MG).
Segundo dados da Associação das Pessoas com Deficiência de Montes Claros (Ademoc), cerca de 20% da população, de 360 mil habitantes da cidade, têm algum tipo de deficiência.
Segundo dados da Associação das Pessoas com Deficiência de Montes Claros (Ademoc), cerca de 20% da população, de 360 mil habitantes da cidade, têm algum tipo de deficiência.
A insituição tem um banco de currículos com 540 incritos, dos quais 200
estão empregados no Norte de MG. Os principais postos ocupados são nos
setores administrativo e de atendimento.
Ana Paula conta com a ajuda da colega de trabalho, Fernanda Larissa Fonseca, para se comunicar.
Ana Paula conta com a ajuda da colega de trabalho, Fernanda Larissa Fonseca, para se comunicar.
Segundo ela, a principal dificuldade em
arrumar um emprego está relacionada a comunicação, já que poucas pessoas
dominam a Língua Brasileira dos Sinais (Libras).
Fernanda, que aprendeu Libras por influência da irmã, que tem pós-graduação na área, conta que a amiga diz fica confiante em saber que no local de trabalho há alguém que a entenda. "É gratificante poder ajudá-la, no dia em que estava havendo a entrevista para a seleção, eu interpretei o que ela dizia."
No colégio em que Ana Paula trabalha há três vagas abertas para profissionais com deficiências. O diretor afirma que está tendo dificuldades para preenchê-las. "A qualificação é o principal obstáculo, além disso, a demanda por estes profissionais está crescente, devido às lei trabalhista que exige um percentual de funcionários com necessidades especiais."
Fernanda, que aprendeu Libras por influência da irmã, que tem pós-graduação na área, conta que a amiga diz fica confiante em saber que no local de trabalho há alguém que a entenda. "É gratificante poder ajudá-la, no dia em que estava havendo a entrevista para a seleção, eu interpretei o que ela dizia."
No colégio em que Ana Paula trabalha há três vagas abertas para profissionais com deficiências. O diretor afirma que está tendo dificuldades para preenchê-las. "A qualificação é o principal obstáculo, além disso, a demanda por estes profissionais está crescente, devido às lei trabalhista que exige um percentual de funcionários com necessidades especiais."
Viviane Martins é cadeirante e há sete anos trabalha
com telefonista em uma faculdade em Montes Claros. Para garantir a vaga,
Viviane fez cursos na área de atendimento e administração.
"A possibilidade de trabalhar é extremamente importante para mim. As dificuldades maiores que encontrei ao longo da vida profissional foram a acessibilidade e aceitação."
A empresa em que Viviane trabalha tem 14 funcionários que apresentam algum tipo de deficiência. As vagas são preenchidas por meio de um banco de currículos. A responsável pela área de recursos humanos, Rejane Vieira, diz que a empresa se prepara para receber os funcionários com deficiências.
"Fizemos modificações na nossa estrutura física prezando pela acessibilidade, o local onde os funcionários com deficiências trabalham é diferenciado. Além disso, preparamos os outros funcionários para saberem como lidar com a situação."
O que diz a Lei
A legislação brasileira prevê por meio da Lei de Cotas 8.213/91, a
obrigatoriedade de que empresa com 100 ou mais empregados reservem uma
parcela das vagas para pessoas com deficiências.
Montes Claros é a maior cidade do Norte de Minas, com população
estimada de 360 mil habitantes, segundo dados do IBGE. Informações da
Ademoc apontam que 20% destas pessoas têm alguma deficiência.
Vadeir Soares, responsável pelo banco de empregos Ademoc, diz que a Associação realiza, em conjunto com o Ministério do Trabalho,
visitas às empresas e fiscalizações para ver se a legislação está sendo
cumprida. Ele fala sobre o que ainda é preciso ser feito por parte das
empresas e dos candidatos às vagas.
"As empresas precisam melhorar as condições de trabalho, principalmente a acessibilidade. E as pessoas com deficiência precisam buscar por qualificação para enfrentar as demandas do mercado. As duas partes precisam se preparar", afirma Valdeir Soares.
A Ademoc fica na rua Botafogo, 585, Maracanã. Mais informações pelos (38) 3214-8130 / (38) 3214-9422. No site da Associação é possível ter acesso à Cartilha da Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.
"As empresas precisam melhorar as condições de trabalho, principalmente a acessibilidade. E as pessoas com deficiência precisam buscar por qualificação para enfrentar as demandas do mercado. As duas partes precisam se preparar", afirma Valdeir Soares.
A Ademoc fica na rua Botafogo, 585, Maracanã. Mais informações pelos (38) 3214-8130 / (38) 3214-9422. No site da Associação é possível ter acesso à Cartilha da Inclusão das Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho.
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