14 de out. de 2014

Campanha em Campo Grande, MS, atinge motoristas que estacionam em vagas especiais

Foto da campanha em uma vaga especial
 

"Todos querem estacionar, mas ninguém quer usar cadeiras de rodas. Essa foi uma das pontuações feitas pelo chefe de núcleo da divisão de educação para o trânsito da Agetran, David Marques, durante o lançamento da campanha "Essa Vaga é Muito Especial", em Campo Grande


O movimento de conscientização aconteceu na tarde da última quinta-feira (9), no estacionamento de um shopping da cidade.


A campanha faz parte de uma ação da 67ª Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos e o que pouca gente sabe é que algumas das responsabilidades da promotoria são a defesa dos direitos e as garantias constitucionais da pessoa com deficiência. 


A promotora Jaceguara Passos explica que uma das metas é levar a fiscalização das ruas para dentro de estacionamentos privados. 


“Uma das metas da Comissão formadas por mais de 60 órgãos é que a Agetran faça convênios com estabelecimentos privados, para que a fiscalização aconteça”.


Estacionamentos de supermercados, shoppings e outros locais privados são os lugares onde pessoas com preferência em vagas especiais mais encontram dificuldades na hora de estacionar.


David acredita que a ação do Ministério Público dará autonomia para que os agentes fiscalizem esses locais e, como resultado, assegure o direito de quem realmente precisa estacionar mais próximo às entradas dos estabelecimentos. 


“Poderemos sair de casa tranquilamente, sabendo que a vaga que é nossa por direito vai estar liberada”, finaliza.


Como cadeirante, David faz um pedido para as pessoas com deficiência física: “Nós, que somos os usuários por lei dessas vagas, sofremos com a falta de bom senso, educação e consciência de outras pessoas, e isso piora dentro de shoppings e supermercados. 


É importante que essas pessoas com deficiência saiam de casa, pois muitas se sentem constrangidas quando vão às ruas e precisam fazer um mapa mental para onde ir”, diz.


O gerente comercial de um shopping da cidade, Renato Gonçalves, não vê barreiras para que isso aconteça em um futuro próximo. Para ele, a conscientização precisará vir antes da fiscalização dos agentes. 


“Já existem diversas campanhas como essa, e o shopping está aumentando a participação nesses tipos de ações. E claro, queremos sim, que essa conscientização de fora também aconteça dentro”, diz Renato.


Ter apenas idade ou deficiência não dá o direito de uso dessas vagas. Para fazer valer seu direito, um cartão de identificação obrigatório é disponibilizado pela Agetran.




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