31 de mar. de 2016

12 respostas sobre repelentes para proteger as crianças do Aedes

 



Para evitar que o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, aproxime-se das crianças, o uso de repelentes é o primeiro cuidado de todos os pais. Mas antes de ir às compras, é preciso levar diversos aspectos em consideração, como as substâncias presentes no mercado e a idade da criança.


A seguir, veja 12 perguntas e respostas sobre o tema.



1 - Quais substâncias procurar no rótulo dos repelentes infantis?

 
Os pais devem escolher um produto que tenha na fórmula IR3535, DEET ou icaridina. Além disso, é indicado conferir com o pediatra a concentração ideal de substância ativa, o que varia de acordo com a idade da criança. Dependendo do país, a concentração de princípio ativo varia. "O Brasil segue a corrente canadense, mais restritiva. Nos Estados Unidos e na França, são liberadas concentrações maiores de DEET, por exemplo", afirma Kerstin Taniguchi Abagge, pediatra e dermatologista, presidente do Departamento Científico de Dermatologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria). 
 

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 2 - Criança maior de 6 meses e menor de 2 anos pode usar qual substância?

 
De acordo com a SBP, o indicado é o repelente com IR3535, que protege por cerca de quatro horas. Ele é usado na Europa há vários anos e em concentrações de 20% é eficaz. Porém, estudos divergem quanto ao período de ação contra o Aedes aegypti, que parece ser muito curto. A despeito da orientação da entidade, Anthony Wong, responsável pelo Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, afirma que, acima dos seis meses, crianças já podem usar repelentes com DEET com concentração de 10% --a de 20% pode levar à intoxicação-- e com icaridina --também a 10%. Ambos não devem ser reaplicados em menos de seis horas. "Estudos na área de toxicologia revelam que é seguro, ao contrário do que muitos médicos defendem", fala Wong.
 

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3 - E como proteger os menores de seis meses?

 
Kerstin explica que não há estudos sobre segurança de repelentes nessa faixa etária, por isso o uso do produto não é indicado. A recomendação de Wong é aplicar na roupa dos bebês repelentes com DEET a 10% ou icaridina a 10% antes de vesti-los, deixando a peça secar bem. "No caso de exposição inevitável a ambientes em que há perigo evidente de a criança ser picada, é possível usar o que é recomendado para maiores de seis meses e menores de dois anos, sempre seguindo a orientação do médico", diz Kerstin. É consenso que o uso de mosquiteiros e telas nas janelas são eficientes, tal como o de repelentes elétricos. 
 
 

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4 - Para crianças maiores de 2 anos, a concentração dos ativos pode ser maior? 

 
Sim, e isso faz com que o efeito do produto dure mais. Uma fórmula com cerca de 5% de DEET protege por cerca de 90 minutos, com 7%, quase duas horas, e, com 20%, cinco horas. A maioria dos produtos com DEET à venda no Brasil têm menos de 10% da substância na composição. A icaridina em concentrações de 10% confere proteção entre três a cinco horas. Na concentração de 20%, de oito a 10 horas. A substância tem se mostrado mais potente contra o Aedes aegypti do que o DEET e o IR3535
 

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5 - Como escolher um bom repelente elétrico?

 
Esses dispositivos contêm piretróides, um grupo de inseticidas relativamente seguro. O importante é utilizá-los corretamente; instalando-os em tomadas mais próximas à porta do cômodo e cerca de três metros distantes do berço. Wong explica que, para um quarto que tenha entre seis e oito metros quadrados, um só dispositivo basta. Os repelentes elétricos são uma boa solução para proteger as crianças à noite, quando não é recomendado passar repelente na pele. Kirsten diz, no entanto, que o uso enquanto a criança dorme não é formalmente contraindicado. "A recomendação visa que a pessoa não fique com o produto durante muitas horas sobre a pele, já que isso aumenta o risco de reações. Entretanto, em tempos de zika e dengue, essas orientações podem ser extrapoladas", fala.

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6 - Repelentes que emitem ondas sonoras ou  eletromagnéticas são eficazes?

 
Não. De acordo com diversos estudos científicos, eles não se mostram eficientes no que diz respeito a afastar os insetos. 
 

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7- Repelentes naturais, como citronela ou cravo da índia, têm alguma validade? 


Para Kirsten, a eficácia das plantas isoladamente se dá por um tempo muito curto, portanto, é essencial que o uso desses repelentes seja combinado com as substâncias já citadas. Além disso, tanto a citronela quanto o cravo podem causar reações alérgicas na pele. 
 

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8 - Roupas podem ajudar a proteger as crianças?

 
Sim. A orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria é vestir as crianças com peças que tenham mangas longas e calças compridas --mosquitos como o Aedes têm predileção por tornozelos. Também é melhor evitar roupas escuras, que atraem mais insetos, e as que ficam muito coladas ao corpo, pois facilitam o contato do mosquito com a pele. 
 

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9 - Existem áreas do corpo da criança em que não se deve aplicar repelente?

Sim. As mãos, por exemplo, já que a criança pode usá-las para coçar os olhos. Segundo Wong, também não é interessante passar o produto próximo dos lábios, pois o local pode ficar levemente irritado. Áreas machucadas devem ser igualmente poupadas da aplicação. 
 

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10 - A pele deve ser limpa quando o repelente não for mais necessário?

 
Sim, assim que o uso do produto não for importante para a criança, ele deve ser retirado com água em abundância e sabonete. 
 

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11 - Como proteger as crianças do sol ao mesmo tempo que das picadas?

 
O uso de repelentes com hidratantes ou protetores solares deve ser evitado, segundo indicação da Sociedade Brasileira de Pediatria. As fórmulas reagem entre si, e os repelentes reduzem o efeito dos protetores quando aplicados juntos. O mais indicado é aplicar primeiro o protetor solar e, após 20 a 40 minutos, passar o repelente. 
 
 

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12 - É possível que a pele da criança fique irritada com o uso do repelente?

 
Antes de aplicar o repelente no corpo todo é fundamental testar em uma pequena área, como na dobra do pulso, e analisar se ocorre alguma reação, como vermelhidão. Os rótulos dos produtos, normalmente, trazem orientações sobre como fazer essa prova de toque. No caso de alguma reação, suspensa o uso e busque orientação médica sobre um substituto. 
 
 

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Fonte: UOL MULHER

 

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