"As obras presentes na mostra foram dispostas
em uma linha do tempo que indica como as pessoas com deficiência foram
tratadas até os dias de hoje."
A Exposição Para Todos – O Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil - foi inaugurada na quinta-feira (17.07), na Estação do Teleférico de Bonsucesso, no acesso ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
“O fundamental do movimento das pessoas com deficiência
é que ele é uma aula para todos os indivíduos, porque essas pessoas
conseguiram sair de uma situação de assistencialismo e viraram
protagonistas de sua história. Isso vale para que todos reivindiquem
qualquer melhoria em suas vidas, seus direitos. Por isso é importante que ela chegue ao maior número possível de pessoas”, destaca a curadora e jornalista Vera Rotta.
Segundo ela, a mostra foi concebida a partir de um formato universal,
para que todas as pessoas, independentemente de terem deficiência,
possam usufruir integralmente do conteúdo disponibilizado. “Nós
trabalhamos com todos os recursos de acessibilidade, principalmente, na questão das pessoas que têm algum tipo de deficiência visual.
Existem painéis em relevo, sobre os quais tanto as pessoas com
deficiência quanto as crianças e pessoas em geral vão poder ter outro
tipo de entendimento, não só pela visão, mas também pelo tato e pela
audição.”
É a primeira vez que a exposição é feita em uma estação de serviço
público de transporte. Com um público de mais de 20 mil visitantes, ela
começou em Porto Alegre, esteve em Florianópolis e seguiu para São
Paulo. A mostra está detalhada em audioguias e audiodescrição.
Serão disponibilizados computadores para o livre acesso a outras
mídias, além de um telão, em uma sala de vídeo, onde será exibido um
filme sobre o movimento das pessoas com deficiência, com os recursos da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Segundo Vera, foi feita uma pesquisa bastante criteriosa. A exposição
será disposta em uma linha do tempo, com início na antiguidade, para
mostrar como as pessoas com deficiência foram tratadas ao longo dos
séculos. Na sequência, será contada de maneira aprofundada como esse
movimento se organizou até os dias de hoje.
A exposição vai passar por nove capitais brasileiras. O projeto é financiado pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR), com apoio da Organização dos Estados Ibero-americanos. No Rio, ela conta com a parceria da SuperVia,
concessionária que administra os trens urbanos no estado, e da
Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do governo estadual.
Fonte: Exame
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