A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai criar regras que garantam o acesso de pessoas com deficiência aos serviços de telefonia, internet e TV por assinatura. Para consolidar a proposta, a agência receberá sugestões sobre o assunto.
A realização de uma consulta pública sobre o tema foi aprovada na
quinta-feira, (30/07/15) em reunião da diretoria da agência, em Brasília.
Pelo
período de 45 dias, a Anatel receberá sugestões para a elaboração do
texto final do Regulamento Geral de Acessibilidade em Serviços de
Telecomunicações.
O prazo começa a contar a partir da publicação da decisão no Diário
Oficial da União, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Também ficou
definido que neste período será realizada uma audiência pública, em
Brasília, com a presença de entidades, representantes da sociedade e
setores do governo.
Para propor a definição de novas normas, a agência levou em conta dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao
Censo de 2010, que mostram que 23,9% da população brasileira tem algum
tipo de deficiência.
Também foram ouvidos representantes das prestadoras, da indústria e das
pessoas com deficiência auditiva, além do Ministério das Comunicações e
da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com
Deficiência.
A agência realizou ainda uma consulta prévia no ano
passado, com contribuições da sociedade.
Padronização
A Anatel pretende padronizar, por exemplo, a oferta de planos
específicos para pessoas com deficiência auditiva.
As empresas também
passariam a disponibilizar documentos, como o contrato ou plano de
serviço, em formato acessível para deficientes visuais.
Já as páginas das prestadoras na internet teriam que estar em formato
acessível para todos os tipos de deficiência. O atendimento presencial
teria que contar ainda com serviço especializado para deficiente
auditivo.
A ideia é criar um ranking de acessibilidade, com índices de desempenho
a serem definidos pela Anatel, com a classificação das prestadoras que
mais desenvolvem ações voltadas ao público com deficiência.
Equipamentos
A Anatel também constatou que faltam informações sobre equipamentos com
soluções de acessibilidade no mercado brasileiro. É o caso, por
exemplo, de telefones fixos ou celulares adaptados.
Para resolver o
problema, a agência quer que a divulgação dessas informações seja feita
de forma clara aos consumidores.
Outra sugestão é modernizar os recursos de acessibilidade oferecidos
nos telefones públicos, os chamados orelhões. Neste caso, a mudança
seria facultativa às empresas responsáveis pelo serviço.
Fontes: G1 / Vida Mais Livre
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