Você já se imaginou ser guiado por alguém com deficiência visual em
ambientes totalmente escuros?
Essa é a proposta da mostra sensorial
“Diálogo no Escuro”, em cartaz desde de sábado, dia 22 de agosto, no
Unibes Cultural – novo nome do Centro da Cultura Judaica, do ladinho da
estação Sumaré do Metrô.
Pela primeira vez na capital, a exposição desafia o público a conhecer o
mundo com outros sentidos e pode ser conferida de segunda a sábado, das
11h às 19h, até o dia 20 de fevereiro de 2016.
O ingresso para a
experiência custa até R$ 30, às sextas e aos sábados; R$ 24, às
segundas, quartas e quintas e, às terças, o centro cultural tem entrada
gratuita.
Em “Diálogo no Escuro” não há quadros expostos, nem obras monumentais.
Na mostra, o público é divido em grupos de até oito pessoas que são
instigadas por um guia a explorar quatro ambientes totalmente escuros,
de 45 a 60 minutos, utilizando apenas três de seus sentidos: tato,
audição e olfato.
Privados do sentido que coordena praticamente todas as ações do corpo
humano, os participantes são colocados em outra dimensão.
A única pessoa
que está totalmente inserida naquele mundo é o guia, já que fora dali
ele também não consegue ver nada, além da escuridão.
A exposição tem o propósito de inserir o público num contexto diferente
do que se é vivido.
Num mundo onde quem enxerga não enxerga, em que não
se há noção de distância ou profundidade. "Diálogo no Escuro" faz com
que os participantes superestimem a capacidade dos deficientes visuais e
gere uma reflexão poderosa, na qual se é despido de preconceitos
estéticos e vestido de confiança, respeito e alteridade.
A experiência da mostra, que já rodou 32 países e mexeu com o
psicológico de mais de oito milhões de pessoas – visto que é quase
impossível sentir-se indiferente à experiência -, desperta em você a
certeza de que todo mundo é igual.
Fonte: Catraca Livre / Vida Mais Livre
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