A festa foi cheia de pompa. O Palácio da Cidade, palco escolhido para o
lançamento do programa Embaixador Paralímpico no Rio de Janeiro, dava a
dimensão do impacto que o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)
pretendia causar.
Para lançar o que é considerado um projeto
fundamental para a divulgação do paradesporto no Brasil, a entidade
convocou um time de peso: Fernanda Lima, Rodrigo Hilbert, Flávio Canto,
Emerson Fittipaldi, Luiz Severiano Ribeiro, Ronaldinho Gaúcho e Romário
agora são parceiros oficiais do movimento paralímpico.
A pouco mais de um ano dos Jogos Paralímpicos,
o CPB lançou o projeto visando aumentar a visibilidade dos atletas e do
evento em si.
Todos os Embaixadores vão colaborar, inclusive, com a
difusão do movimento nas redes sociais.
Vale ressaltar que o
envolvimento deles com a causa não envolve o pagamento de cachê - apesar
de haver um contrato entre as partes, não há qualquer tipo de de
remuneração aos artistas.
Dos embaixadores anunciados, apenas Ronaldinho e Romário não puderam
comparecer à cerimônia.
Os atletas estiveram representados por Terezinha
Guilhermina e o guia Guilherme Santana, Rosinha e Yohansson Nascimento,
todos campeões paralímpicos do atletismo.
- Convidamos celebridades que gostam do movimento paralímpico, que
acompanham e são líderes e referências em seus segmentos. E vem outros
por aí, não só pessoas famosas que vão contribuir com o movimento e
a divulgação até 2016.
Contamos com os embaixadores para convocar a
torcida, porque precisamos deste apoio para jogar a pressão para os
adversários - disse o presidente do CPB, Andrew Parsons.
Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert se aproximaram do CPB no ano passado,
quando foram apresentadores do Prêmio Paralímpicos.
Muito elogiados
pelos atletas devido à simpatia e à atenção durante o lançamento da
campanha "Mude o Impossível", divulgada naquela mesma ocasião, os dois
estreitaram os laços com o movimento e esperam ajudar a popularizar
questões que vão além do esporte.
" Acho que tem que fazer um marketing agressivo para expandir o
movimento paralímpico, tem que valorizar esses atletas e principalmente o
esporte. Do meu ponto de vista o esporte e a educação são as principais bases do nosso País. E tudo o que a gente puder fazer para que essa cultura
seja difundida, a gente tem que estar à disposição. Eu, como
profissional da comunicação, é o mínimo que posso fazer. Quando sou
chamada fico muito feliz, tenho muito orgulho de vir. Acho que alguns
tabus em relação as pessoas com deficiência precisam ser quebrados. A gente precisa
olhar para essas pessoas com mais compaixão, porque eles precisam de
acesso, não só no esporte, mas na vida como um todo: ter pistas, ter
braile, ter todo tipo de acesso para que possam andar nas ruas. Estamos
falando aqui de atletas que já são renomados, mas e os outros, as
pessoas que a gente não vê? Essa campanha é muito importante pelo
esporte, pelos deficientes e pelo Brasil - disse Fernanda".
Dentre os outros Embaixadores já divulgados pelo CPB, Emerson
Fittipaldi é um dos membros do conselho do Jackson Memorial Hospital, em
Miami, referência mundial de pesquisa para a cura da paralisia e de
lesões medulares
" Foi onde a ex-ginasta e esquiadora Laís Souza fez
grande parte de sua reabilitação".
Romário é pai da menina Ivy, que tem
Síndrome de Down, e é autor de várias leis voltadas para as pessoas com
deficiência; o ex-judoca Flávio Canto treinou diversas vezes com o
tetracampeão paraolímpico Antônio Tenório e usa a história dele como
motivação para os jovens atletas que forma no Instituto Reação; dono de
uma famosa rede de cinemas, Luiz Severiano Ribeiro fechou em maio uma
parceria com o CPB para que as mais de 200 salas da empresa espalhadas
pelo país exibam a história dos atletas paralímpicos durante os trailers
dos filmes.
" Não lembro de uma competição em que a gente foi e não saiu com a
medalha de ouro. Quantos atletas de nome temos aqui no Brasil, e falar
em nome deles me deixa muito honrado. Estou muito feliz de saber que
vocês estão levando essa bandeira do esporte paralímpico, ajudando a
divulgar".
Vocês vão poder bater no peito e falar que nos representam. De
jeito nenhum vamos deixar de, um dia sequer, fazer o Hino Nacional
tocar em Toronto e depois nas Paralimpíadas.
Vamos dar orgulho e
representar 200 milhões de brasileiros – disse o campeão paralímpico
Yohansson Nascimento aos novos Embaixadores.
Fontes: Globo Esporte / Vida Mais Livre
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