3 de out. de 2012

Prática esportiva ajuda no tratamento de crianças com autismo

Menina joga bola para criança em cadeira de rodas
Cerca de dois milhões de brasileiros sofrem de autismo. Entre eles está Alana França, de apenas quatro anos. Seus pais, Fabíola e Renato, utilizaram a música como forma de estimular a filha. 

Porém, não foram as notas musicais as responsáveis pela maior evolução da criança. Alana passou a interagir com o mundo por meio da ginástica artística.

"Ela era uma criança muito fechada e, hoje em dia, a gente nem precisa falar. Quando vem para o Rodrigo, ela muda completamente", diz a mãe, Fabíola França. Rodrigo, a quem se refere, é o professor e o principal responsável pela evolução de Alana.

Quando chega na academia, a menina se transforma. Em casa demonstra timidez; mas nas aulas ela corre, pula, dá cambalhota e não se contém de tanta felicidade.

 "A ginástica tem a particularidade de ser um esporte muito completo. Trabalha força, equilíbrio, flexibilidade. Pode ser daí o êxito com essas crianças. Eu tento trabalhar com elas do jeito que são, falando comigo, me abraçando ou não", explica o professor Rodrigo Brívio.

Após assistirem a uma reportagem exibida no "Esporte Espetacular" em 2010, a família de
Manaus, no Amazonas, encontrou esperança para melhorar a vida da filha. Mudou-se para o Rio de Janeiro para que Alana pudesse interagir física e socialmente através do esporte.

"Vendo essa matéria, a gente decidiu vir para cá em busca de um sonho, de trazer nossa filha para o nosso mundo. A primeira vez que eu a vi abraçando uma pessoa que não seja da família foi lá, com o Rodrigo. O esporte é uma uma das melhores ferramentas para a inclusão social", lembra o pai.

A experiência do psiquiatra Fábio Barbirato com Alana serviu de exemplo para a adoção da prática esportiva no tratamento do autismo em outros pacientes. 

"A educação física foi uma consequência de toda essa melhora que ela teve neste um ano, junto com toda a parte motora e social. Ela tem mostrado mais interesse para se sociabilizar, tem melhorado a parte locomotora, o pegar das coisas", explica o especialista.

Alana é uma vencedora. Conquistou medalhas ao lado de mais de 80 atletas na Copa de Ginástica Artística para crianças com autismo.

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