A exatamente um mês do início da Copa do Mundo, a prefeitura de Porto Alegre e o Comitê Organizador Local (COL) ainda têm problemas a serem resolvidos, especialmente questões relacionadas ao entorno do Beira-Rio, palco de cinco jogos do Mundial da Fifa.
Um deles é o impasse na retirada dos entulhos das obras do estádio. O
outro é a possibilidade de perda de 900 vagas de estacionamento, sendo
que 100 delas são destinadas a pessoas com deficiência. Os dois, no entanto, estão diretamente relacionados.
Nenhum dos dois pontos que ainda estão em discussão prejudicariam o
início dos jogos, segundo as autoridades municipais e esportivas.
O
prefeito José Fortunati garante que a responsabilidade de retirada dos
entulhos é do clube e da construtora, a Andrade Gutierrez, e manifesta preocupação apenas com a segurança durante os eventos sediados no Beira-Rio.
“Aquele entulho se acumulou quando as arquibancadas do estádio foram
removidas. Antes não havia qualquer problema. Já notificamos sete vezes o
Internacional. É responsabilidade do clube e da empreiteira. Não existe
polêmica”, disse Fortunati em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta
segunda-feira (12).
A direção colorada espera acordo com a Andrade
Gutierrez para a retirada do lixo que impede a pavimentação.
“São três os problemas que percebo. O primeiro é que estávamos prevendo
um estacionamento para 1,4 mil veículos. Com a existência dos entulhos,
perdemos 900 vagas, sendo que 100 são para pessoas com deficiência. Não
tem como deslocar essa área. O segundo é o problema de segurança com
pedras e pedaços de pau no local. E também tem a questão estética, que
tem de ser levada em consideração”, pontuou Fortunati.
O executivo chefe do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Trade,
esteve em Porto Alegre para o evento-teste realizado na partida entre
Inter e Atlético-PR e garante que gostou do que viu. Ele avalia que os
problemas são pequenos e que não estão “tirando o sono”. “Estamos muito
contentes.
Tudo vai ficar pronto. Vamos entregar. Não temos uma grande
preocupação, porque o estádio já existia nesse local, já se tinha
experiência de operação. Não vamos reiventar a roda. O que preocupa mais
são as obras de entorno, mas nada que nos tire o sono”, disse em
entrevista à Rádio Gaúcha.
Em relação às estruturas temporárias, Trade diz que as obras já estão
em andamento e minimiza o prazo de conclusão dos trabalhos.
“Existem
prazos diferentes para cada tipo de estrutura. Estão sendo realizadas
pelo projeto que o governo aprovou na assembleia. São seis empresas
colaborando, cada uma com um valor”, ressaltou.
Fonte: G1
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