O
contato aquecido pele-a-pele com a mãe, o estimulo a amamentação na
primeira hora de vida e o clampeamento do cordão umbilical somente após o
mesmo parar de pulsar.
Essas são algumas das recomendações que o Ministério da Saúde oficializou recentemente em portaria que passa a valer para todas as unidades do sistema público de saúde.
Essas são algumas das recomendações que o Ministério da Saúde oficializou recentemente em portaria que passa a valer para todas as unidades do sistema público de saúde.
As
diretrizes fazem parte da organização da atenção integral e humanizada
ao recém-nascido no Sistema Único de Saúde (SUS) e oficializam
recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério.
O bebê saudável, com o ritmo respiratório normal, deve ser colocado
sobre o abdômen ou tórax da mãe, em contato direto pele-a-pele, de
acordo com sua vontade, em ambiente aquecido, afirma a portaria. Além
disso, a nova regra também prevê a amamentação ainda na primeira hora de
vida da criança.
“Nós precisamos
estimular que essa primeira mamada aconteça na primeira hora de vida.
Além de fornecer o primeiro aporte calórico para a vida do bebê, essa
prática também acelera a descida do leite materno, aumentando a chance
de sucesso no aleitamento e diminui a chance de hemorragia uterina”,
explica o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Conforme
a portaria, os procedimentos de rotina adotados após o nascimento do
bebe, como exame físico, pesagem e outras medidas antropométricas,
profilaxia da oftalmia neonatal devem ser realizados somente após esses
primeiros cuidados, importante mudança na lógica de atendimento ao bebê.
O
coordenador da Saúde da Criança do Ministério da Saúde, Paulo Bonilha,
esclarece que os benefícios dessas medidas afetam não só o aspecto
psicológico, como reduzem os riscos de anemia e desnutrição.
“Para
o bebe que nasceu chorando, vigoroso, sem nenhum tipo de complicação, o
papel principal dos profissionais de saúde é proteger este momento
sensível de apresentação da mãe a seu bebe e vice-versa. Isso vai ter
repercussões para toda a vida”, explica Bonilha.
Para
os recém-nascidos com respiração ausente ou irregular, tônus diminuído
e/ou com líquido meconial, a portaria estabelece que o atendimento
deverá seguir o fluxograma do Programa de Reanimação da Sociedade
Brasileira de Pediatria, de 2011.
A unidade de saúde deverá contar
obrigatoriamente com profissional médico ou de enfermagem treinado em
reanimação neonatal de acordo com orientação da Coordenação Geral de
Saúde da Criança e Aleitamento Materno (CGSCAM) do Ministério da Saúde.
O
Ministério da Saúde já há vários anos financia capacitações de
profissionais médicos e de enfermagem em todos os estados, através do
Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria. Em
2014-2015 serão investidos R$ 2,1 milhões para fortalecer ainda mais
este processo em todo o país.
A portaria contribuirá para a redução da mortalidade neonatal, um dos principais objetivos da Rede Cegonha.
Rede Cegonha
– Criada em 2011, a Rede Cegonha tem como uma das principais metas
incentivar o parto normal humanizado e intensificar a assistência
integral à saúde de mulheres e crianças, desde o planejamento
reprodutivo, passando pela confirmação da gravidez, pré-natal, parto,
pós-parto, até o segundo ano de vida do filho. Atualmente, a estratégia
Rede Cegonha está presente em mais de 5 mil municípios de todos os
estados do país, e atende a 2,6 milhões de gestantes. Desde o lançamento
da Rede, já foram investidos mais de R$ 3,3 bilhões para o
desenvolvimento de ações em todo o país.
Atenção Pré-Natal
- A Rede Cegonha se propõe ainda a organizar o cuidado às gestantes por
meio de uma rede qualificada de atenção obstétrica e neonatal. Com um
pré-natal de qualidade, como preconiza a estratégia é possível reduzir
as taxas de prematuridade. O objetivo é garantir acolhimento e captação
precoce da gestante, além de ampliar o acesso aos serviços de saúde e
melhorar a qualidade do pré-natal. O diagnóstico rápido permite à mulher
iniciar o pré-natal assim que a gravidez for confirmada.
Em
2012, foram realizadas 18,2 milhões de consultas pré-natais pelo SUS, e
mais de 1,6 milhão de mulheres fizeram, no mínimo, sete consultas.
Entre
as ações previstas durante o pré-natal, estão os exames de pré-natal de
risco habitual e de alto risco; acolhimento às intercorrências na
gestação; acesso ao pré-natal de alto risco; acesso rápido aos
resultados; vinculação da gestante (desde o pré-natal) ao local em que
será realizado o parto; implementação de ações relacionadas à saúde
sexual e reprodutiva; além de prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e
Hepatites.
Fonte: Agência Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário