8 de mai. de 2013

MP pede suspensão de eventos no Mineirão por falta de acessibilidade

Ilustração da pessoa com deficiência com diversas pessoas
O Ministério Público de Minas Gerais  pediu, nesta segunda-feira (6), que sejam suspensos jogos e eventos no estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

O pedido, em caráter liminar e com cumprimento imediato, partiu da Promotoria de Defesa da Pessoa com Deficiência, que alega que o consórcio Minas Arena, que faz a gestão do estádio, não cumpriu as normas de acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

De acordo com o promotor Rodrigo Filgueira de Oliveira, o pedido de suspensão foi feito após o consórcio descumprir dois prazos para a adequação das normas. “Pela falta de um compromisso confiável deles, nós não tivemos outra forma se não judicializar a questão. Nós tentamos resolver da forma extrajudicial. Os prazos que eles mesmo sugerem, eles não cumprem”.

O primeiro prazo a que Oliveira se refere foi o dia 31 de janeiro deste ano. O estádio foi reinaugurado em fevereiro, com um jogo entre Atlético-MG e Cruzeiro. 

Segundo o promotor, uma equipe técnica do MP esteve no estádio e constatou que as modificações não haviam sido feitas. Um segundo prazo foi proposto – 31 de março – e, da mesma forma, não houve cumprimento, conforme o promotor.

Entre os problemas, Rodrigo Filgueira de Oliveira destacou a falta de finalização dos assentos para pessoas obesas; a falta da sinalização vertical para vagas reservadas para pessoas com deficiência e a falta de acessibilidade na rota entre o vestiário e o campo. “Se um treinador ou jogador estiver em cadeira de rodas ele não tem um acesso adequado que o leve ao campo”, afirmou.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a ação é analisada pela juíza Lilian Maciel Santos, da 2ª Vara de Fazenda Pública Estadual, que ainda não emitiu decisão. O despacho é aguardado.


Problemas na reinauguração

Em fevereiro, na reinauguração do Mineirão, o público enfrentou alguns problemas. Durante o jogo entre Atlético-MG e Cruzeiro, vários torcedores reclamaram diante da falta de estrutura nos banheiros, falta de água, fechamento antecipado dos bares e problemas com emissão de ingressos. 

 O Ministério Público chegou a abrir um inquérito para apurar as irregularidades no estádio.

No dia 4 de fevereiro, o secretário de Estado Extraordinário da Copa (Secopa), Tiago Lacerda, disse que algumas falhas identificadas durante o jogo são “inaceitáveis”’. “Por tudo que eles passaram – problema nos bares, água e alimentos –, o torcedor se comportou muito bem. Identificamos algumas falhas normais, passíveis de correção, simples. Mas tivemos problemas graves. A falta de água é inaceitável”, expliquei o secretário. O consórcio Minas Arena foi multado em R$ 1 milhão pelo governo de Minas.

Fonte: G1

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