Amanda Amaral Lopes, 24 anos, vai se formar em licenciatura em Biologia, nesta quinta-feira (23).
Ela mora em Vitória da Conquista, cidade no sudoeste da Bahia, e é a primeira pessoa com síndrome de down, no estado, a concluir um curso superior.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em Salvador, e a Associação Baiana de Síndrome de Dow (Ser Down)
afirmam que esse é o pirmeiro registro que as duas instituições tomaram
conhecimento no estado.
No Brasil já houve outros casos, afirmam as
duas associações.
Para a mãe da jovem, Alba Regina Amaral, a formatura de Amanda é uma conquista de toda a família.
Para a mãe da jovem, Alba Regina Amaral, a formatura de Amanda é uma conquista de toda a família.
O apoio dos familiares foi fundamental para
que ela seguisse com os objetivos planejados. "É muito importante, foi
uma conquista de todos.
Todo mundo sempre participou, incentivou tudo.
Sempre foi iniciativa dela, a gente sempre apoiou, mas ela fez as
escolhas por ela. A dificuldade sempre existe, mas, na medida do
possível, a gente precisa superar", disse Alba.
A mãe de Amanda destacou que o momento também é triste porque o pai da jovem morreu há pouco tempo, e não pôde compartilhar do momento de alegria da filha ao lado da família.
A mãe de Amanda destacou que o momento também é triste porque o pai da jovem morreu há pouco tempo, e não pôde compartilhar do momento de alegria da filha ao lado da família.
A colação de grau de Amanda é na noite desta quinta-feira (23). Ela cursou Biologia pela metodologia de ensino à distância (Ead), em uma faculdade privada. Pelo menos uma vez na semana, a jovem tinha aulas presenciais e diz que contou muito com o apoio de colegas e professores para superar dificuldades.
Antes de fazer Biologia, Amanda queria ser jornalista, mas como o curso
não formou turma na faculdade escolhida, ela optou pela área de
Ciências da Natureza.
"A sensação [de se formar] é ótima, é a melhor
possível, estou muito feliz. Na verdade, quando eu era criança eu lia
muita poesia e pensei em ser jornalista, mas foi a força do destino me
colocou na área de biologia. A professora [de biologia no Ensino Médio]
me incentivou muito", revela.
Amanda nasceu na Bahia, mas morou durante boa parte da vida escolar em Divinópolis, em Minas Gerais. Lá ela foi alfabetizada em escolas convencionais da rede particular e cursou o Ensino Fundamental todo em uma escola municipal, também convencional.
Amanda nasceu na Bahia, mas morou durante boa parte da vida escolar em Divinópolis, em Minas Gerais. Lá ela foi alfabetizada em escolas convencionais da rede particular e cursou o Ensino Fundamental todo em uma escola municipal, também convencional.
A jovem também sempre fez
acompanhamento com fisioterapeuta e fonoaudiólogo. A mãe da jovem
ressaltou toda a atenção que a agora licenciada em Biologia teve durante
a vida escolar.
"Ela sempre foi muito estimulada, desde pequena. Amanda
foi alfabetizada por bons professores, teve bons profissionais
acompanhando ela", disse Alba Regina Amaral.
Amanda diz que sempre que tinha dificuldades, mesmo na escola, contava com o apoio dos colegas e professores, o que a ajudou a superar qualquer tipo de obstáculo.
Amanda diz que sempre que tinha dificuldades, mesmo na escola, contava com o apoio dos colegas e professores, o que a ajudou a superar qualquer tipo de obstáculo.
Ela define a relação com os colegas e educadores
como "ótima e legal". Sobre os preconceitos sofridos, ela afirma que
preferiu relevar e não destaca nenhum.
"Tive dificuldades, mas superei com meus colegas de de sala e professores, tanto na escola quanto na universidade. Tinha dificuldade em matemática", afirma.
No convite de formatura, Amanda conclui sua mensagem agradecendo a familiares, amigos, colegas e professores pela ajuda em realizar o seu grande sonho: "aprender e ensinar".
"Tive dificuldades, mas superei com meus colegas de de sala e professores, tanto na escola quanto na universidade. Tinha dificuldade em matemática", afirma.
No convite de formatura, Amanda conclui sua mensagem agradecendo a familiares, amigos, colegas e professores pela ajuda em realizar o seu grande sonho: "aprender e ensinar".
Amanda ainda não teve contato com a profissão fora da sala de aula. Antes de procurar um trabalho na área, ela quer alcançar outro objetivo, o de fazer uma pós-graduação na área de Libras (Língua Brasileira de Sinais). "Quero ajudar os outros que têm dificuldade", diz.
Fonte: http://g1.globo.com/bahia
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