Uma lei determina que empresas com mais de 100 funcionários destinem entre 2% e 5% das vagas para deficientes, mas, na prática, isso é bem diferente.
Em Açailândia (MA), as pessoas com deficiência ainda têm dificuldades para ingressar no mercado de trabalho.
O preconceito é uma das principais barreiras da contratação. A assistente financeira Rosana Pereira trabalha em uma empresa há 14 anos.
O preconceito é uma das principais barreiras da contratação. A assistente financeira Rosana Pereira trabalha em uma empresa há 14 anos.
Ele teve paralisia infantil aos 4 anos e afirma que
antes de ser contratada, passou por muitas dificuldades. “Eu via que
tinha aquele olhar de diferença. Por eu ser deficiente, muitos achavam
que eu não tinha capacidade de trabalhar no ramo da empresa deles”,
disse a assistente.
Ela faz parte do quadro de funcionários das poucas empresas que cumprem a cota. A lei nº 8213, de 1991, define cotas para empresas contratarem pessoas com deficiência.
Ela faz parte do quadro de funcionários das poucas empresas que cumprem a cota. A lei nº 8213, de 1991, define cotas para empresas contratarem pessoas com deficiência.
“Logo que tive a oportunidade, eu abracei.
Superei. As pessoas admiram porque eu trabalho e não vi na deficiência
um obstáculo. Se a pessoa tem estudo e capacidade, as empresas deveriam
dar oportunidade a ela”, opina Rosana.
Segundo a coordenadora de projetos da Apae, muitos alunos estão aptos ao trabalho, mas não têm oportunidades.
Segundo a coordenadora de projetos da Apae, muitos alunos estão aptos ao trabalho, mas não têm oportunidades.
“Aqui em
Açailândia eu desconheço a empresa que cumpre totalmente a lei, na
proporção certa de pessoas com deficiência para a quantidade de
funcionários”, afirmou Maria Cristina da Conceição.
Segundo o diretor do Sine, desde o início do ano, nenhuma empresa da região ofereceu vagas para pessoas com deficiência.
Segundo o diretor do Sine, desde o início do ano, nenhuma empresa da região ofereceu vagas para pessoas com deficiência.
A curto prazo, o
poder público deve realizar uma fiscalização para analisar se está
havendo o cumprimento da lei.
“As empresas ainda não dispuseram as vagas
que têm para deficientes e não houve procura ainda por parte de
deficientes. Estamos com projeto para trabalharmos essas
intermediações”, informou o diretor do Sine, Heliomar Laurindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário