O Consórcio Intermunicipal Grande ABC promoveu uma reunião
extraordinária na manhã desta segunda-feira (20) para debater, junto à
secretária do Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara
Rizzo Batistella, a construção de uma unidade da Rede Lucy Montoro no ABC, destinada à reabilitação física e fornecimento de órteses e próteses para deficientes físicos.
Segundo a titular, a questão será avaliada e discutida com o governador
Geraldo Alckmin (PSDB). "Não temos nenhuma dúvida em relação à
necessidade [do projeto].
A maneira de equacionar essa necessidade será a
nossa tarefa, agora", comentou. A estimativa é de que o tucano visite a
região em meados de junho para fazer uma série de anúncios relativos à
agenda proposta pelo Consórcio, incluindo novidades sobre a unidade em
questão.
Um dos fatores de maior influência sobre a decisão de estender a Rede
Lucy Montoro ao ABC diz respeito ao custo de execução e manutenção do
projeto.
De acordo com a secretária Linamara Batistella, o investimento
estimado na construção de uma unidade gira em torno de R$ 8 milhões. A
manutenção custa, aproximadamente, R$ 800 mil por mês.
"Isso significa
que, a cada 10 meses, nós poderíamos construir uma nova unidade",
comentou a titular, lembrando que as despesas com a formação de recursos
humanos também é significativa. Além disso, foram discutidas
possibilidades de locais para a implantação do projeto. O Hospital Mário
Covas foi indicado para acolher o serviço.
Na expectativa do prefeito de São Bernardo e
presidente do Consórcio, Luiz Marinho (PT), a visita do secretário
estadual de Saúde, Giovanni Guido Cerri, ao ABC, amanhã, deve ajudar na
decisão sobre o local.
O secretário visitará o Hospital de Clínicas, em
São Bernardo, que ainda espera verbas do Estado para conclusão das
obras. Uma visita ao AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Santo
André e ao Hospital Mário Covas também estão programadas.
A ideia é que
o titular possa avaliar os espaços para decidir onde será implantada o
Centro
de Referência do Idoso, discutido pelo Consórcio no início do
mês.
De acordo com o coordenador do GT (Grupo de Trabalho) da Pessoa com
Deficiência, Ginez Garcia, a questão do fornecimento de órtese e
prótese, que também está na pauta do Consórcio desde 2011, será
encaminhada paralelamente à implantação de uma unidade da Rede Lucy
Montoro na região.
O custeio do fornecimento de equipamentos como
cadeira de rodas, muletas, entre outros, é feito pelo Estado. Na região,
a distribuição fica por conta da APRAESP.
Segundo Ginez, o centro de
reabilitação localizado em Ribeirão Pires não é suficiente para atender a
demanda da região.
Levantamento da demanda - De acordo com o coordenador
de GT de Saúde do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Arthur Chioro, a
região do ABC apresenta dificuldade em estimar a demanda atual para
atendimento em reabilitação física.
A razão, em grande parte, é porque o
serviço está disperso. "Hoje, uma parte da demanda está nas centrais de
regulação [como a Apraesp], mas outra parte está nas secretarias de
Assistência Social e de Educação.
Nós nos comprometemos, até o início de
junho, a fazer um levantamento mais qualificado de demandas, de tal
maneira que possamos apresentar esses números ao Estado, para
avaliarmos, juntos, como melhorar essa situação", pontuou.
A reunião extraordinária do Consórcio contou ainda com a presença de
Edmur Mesquita, secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano,
além de secretários municipais de Saúde, e do prefeito de Rio Grande da
Serra, Gabriel Maranhão (PSDB).
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