Crianças que apresentam pesos extremos ao nascer – ou seja, muito maior ou muito menor do que a média — têm um risco maior de apresentar sinais de autismo ao longo da infância, indicou um novo estudo britânico.
A nova pesquisa, que analisou dados de mais de 40.000 crianças,
ainda concluiu que essa relação ocorre independentemente de o bebê
nascer prematuramente ou depois do período normal de gestação.
Os
resultados do trabalho foram publicados na nova edição do periódico The American Journal of Psychiatry.
Outras pesquisas já haviam apontado para a relação entre baixo peso ao
nascer e um maior risco de autismo. Porém, segundo os autores desse
estudo, essa é a primeira vez em que um peso maior do que a média é
associado ao distúrbio.
De acordo com o trabalho, feito na Universidade de Manchester,
na Grã-Bretanha, bebês que nascem com mais de 4,5 quilos, em comparação
com o restante das crianças, têm um risco 63% maior de apresentar
autismo. Essa chance é 60% mais elevada entre bebês que nascem com menos
de 2,5 quilos.
"Nós acreditamos que esse aumento do risco de autismo associado ao
crescimento anormal e extremo do feto mostra que algo ocorre de errado
durante o seu desenvolvimento, possivelmente com a função da placenta",
diz Kathryn Abel, coordenadora do estudo.
"Qualquer coisa que provoque
anomalias do desenvolvimento e do crescimento é provável que também
afete o desenvolvimento do cérebro do bebê", disse.
A pesquisa, embora tenha encontrado uma relação entre baixo ou alto
peso ao nascer e uma maior prevalência de autismo, não estabeleceu uma
relação de causa e efeito entre os dois fatores.
Por isso, Abel acredita
que mais estudos são necessários para ajudar a compreender de que forma
o desenvolvimento fetal interfere nas funções cerebrais do bebê.
Fonte: Veja
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