17 de jul. de 2013

Cabide-visão ajuda deficientes visuais na hora de se vestir

Escolher uma roupa e combinar peças de roupas, sem necessitar do auxílio de outras pessoas, se tornará uma atividade mais rápida e prática para os deficientes visuais. Essa é a proposta do projeto “cabide-visão”, desenvolvido pelas empreendedoras Adriana e Cristina Sêmola, no Rio de Janeiro.





Com um chip instalado em seu interior, o usuário pode gravar mensagens de voz com até 20 segundos e descreve qual roupa está pendura e, quando acionado, reproduz o áudio identificando a peça. A vantagem do cabide falante é que ele permite inúmeras regravações.

A ideia do acessório surgiu quando Cristina Sêmola, que além de empresária também é pedagoga, ouviu seus alunos com deficiência visual queixarem-se sobre a necessidade organizacional de como se vestir e de como melhor aproveitar o dia a dia.


 


Segundo ela, o objetivo do projeto é dá mais  liberdade para os deficientes e também para as pessoas que estão com a visão reduzida. 

Para quem não enxerga, vestir roupas com a combinação adequada é, no mínimo, uma tarefa complexa. “O cabide-visão serve para que possa organizar as roupas, mesmo sem enxergar. 

Assim, ela sabe o que está vestindo e não fica dependendo de outra pessoa para isso e pode exercer o prazer de escolher a roupa que irá usar", explica Adriana.


 

O cabide que é feito com sobras de madeiras uniu três conceitos diferentes: design, tecnologia e sustentabilidade. A dificuldade, por enquanto, é encontrar uma empresa no Brasil que fabrique o chip semelhante ao modelo original que foi importado da China. 

Porém, ainda assim, serão produzidas 500 peças para distribuir em instituições de atendimento a deficientes visuais em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Em breve, o cabide vai ser vendido em todo o Brasil e a principal preocupação das idealizadoras é oferecer um produto com baixo custo. “Queremos um produto que seja acessível a qualquer deficiente visual, não apenas aos de maior poder aquisitivo”, ressalta. 


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