Escolher uma roupa e combinar peças de roupas, sem necessitar do
auxílio de outras pessoas, se tornará uma atividade mais rápida e
prática para os deficientes visuais. Essa é a proposta do projeto
“cabide-visão”, desenvolvido pelas empreendedoras Adriana e Cristina
Sêmola, no Rio de Janeiro.
Com
um chip instalado em seu interior, o usuário pode gravar mensagens de
voz com até 20 segundos e descreve qual roupa está pendura e, quando
acionado, reproduz o áudio identificando a peça. A vantagem do cabide
falante é que ele permite inúmeras regravações.
A ideia do acessório surgiu quando Cristina Sêmola, que além de
empresária também é pedagoga, ouviu seus alunos com deficiência visual
queixarem-se sobre a necessidade organizacional de como se vestir e de
como melhor aproveitar o dia a dia.
Segundo
ela, o objetivo do projeto é dá mais liberdade para os deficientes e
também para as pessoas que estão com a visão reduzida.
Para quem não
enxerga, vestir roupas com a combinação adequada é, no mínimo, uma
tarefa complexa. “O cabide-visão serve para que possa organizar as
roupas, mesmo sem enxergar.
Assim, ela sabe o que está vestindo e não
fica dependendo de outra pessoa para isso e pode exercer o prazer de
escolher a roupa que irá usar", explica Adriana.
O
cabide que é feito com sobras de madeiras uniu três conceitos
diferentes: design, tecnologia e sustentabilidade. A dificuldade, por
enquanto, é encontrar uma empresa no Brasil que fabrique o chip
semelhante ao modelo original que foi importado da China.
Porém, ainda
assim, serão produzidas 500 peças para distribuir em instituições de
atendimento a deficientes visuais em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Em breve, o cabide vai ser vendido em todo o Brasil e a principal
preocupação das idealizadoras é oferecer um produto com baixo custo.
“Queremos um produto que seja acessível a qualquer deficiente visual,
não apenas aos de maior poder aquisitivo”, ressalta.
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