18 de jul. de 2013

Pontos negativos para acessibilidade predominam em Uberaba (MG)

Rampa em calçada
Em Uberaba (MG) são vários os pontos negativos para a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida ou deficiência

Algumas rampas estão fora do padrão, há vias que não as possuem rampas e há avenidas em que elas foram retiradas.

Segundo o ativista dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Israel Garcêz, o desrespeito às Leis de Acessibilidade continua na cidade, e vários locais não têm rampas de acesso, barras de apoio ou adequações. 

“Já pedimos para fazerem faixa de pedestres elevada no ponto de ônibus em frente à capela do Cemitério São João Batista e rampas". 

O transporte coletivo tem muitas deficiências, como falta de manutenção nas rampas, motoristas que não dominam a plataforma e falta de rampas de acesso nos pontos de ônibus.
 

Segundo o Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, a acessibilidade está relacionada a fornecer condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida”, esclarece.

Segundo o cadeirante Emerson Freire, o problema maior que é enfrentado diariamente está nas ruas. Ele conta que não é necessário andar muito para presenciar os buracos nos passeios, entre outros obstáculos. 

“Na maioria das vezes, temos que dividir o trânsito com veículos, quando o passeio está deteriorado. Na avenida Leopoldino de Oliveira, após a obra do Projeto Água Viva, as rampas foram retiradas e se esqueceram de instalá-las novamente, “, relata.

Freire ressalta que no Cemitério São João Batista não possui acessibilidade para cadeirantes ou pessoas com mobilidade reduzida. Outra reclamação é em relação aos banheiros, que não são adaptados. 

“Para atravessar a avenida Dona Maria Santana Borges é muito difícil, pois não há rampas nem passarelas para pedestres. Estes obstáculos não são somente para os cadeirantes, os idosos também sofrem com essa falta de acessibilidade”, desabafa.

Israel Garcêz ressalta que existem inúmeras leis que garantem o direito de acesso seguro de todo cidadão. 

“O problema é que, na maioria das vezes, estas leis não são cumpridas. Por isso, luto para que o cidadão tenha postura consciente e reconheça que a acessibilidade não é uma necessidade individual, mas coletiva. Na rua José Ribeiro Filho, no bairro Morada do Sol, não há como trafegar na calçada, pois ela é estreita e as árvores tomaram conta do espaço”, pontua.



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