Terezinha Guilhermina, a cega mais rápida do planeta, garantiu o segundo ouro no Mundial de Atletismo de Lyon,
desta vez na disputa dos 400m, T11.
Depois de vencer nos 100m, T11, a
mineira correu os 400m nesta quinta-feira, venceu e ainda bateu o
recorde do campeonato, com 56s56. Terezinha dedicou sua medalha à amiga e
também atleta Adriele de Moraes, única deficiente intelectual da
delegação brasileira em Lyon. Terezinha, agora, é bicampeã mundial tanto
nos 100m, quanto nos 400m.
“Sempre tento o suicídio nos 400m. Um dia, morro nesta distância”,
brincou a brasileira, que terminou a prova passando mal. “Estou no
último ano da faculdade de psicologia e bem ocupada. No ano que vem, me
formo e será mais fácil treinar para os 400m”, afirmou.
Assim como ocorreu na disputa dos 100m, nos 400m Terezinha não teve
dificuldades para vencer, liderando toda a prova. A mineira correu a
distância de hoje com o guia Wendel Souza, já que seu instrutor
original, Guilherme Santana, está com dores na perna e foi poupado para
competir nos 200m, T11.
Além do ouro de Terezinha, o paulista Odair Santos garantiu a medalha
dourada ao vencer a prova dos 1.500m, classe T11. O Brasil conquistou
ainda duas pratas: com Alex Pires, nos 1.500m, T46 (4min6s4), e com
Yeltsin Jacques, também nos 1.500m, mas na classe T12 (4min03s52).
Leonardo Amâncio, F58, foi terceiro no arremesso de peso e ficou com o
bronze. Campeão nos 100m e 200m, T43 (bi-amputado), Alan Fonteles correu
a semifinal dos 400m, T43/44, e fez o melhor tempo (50s50), avançando à
final, que será nesta sexta-feira, 26. “Não tenho o costume de treinar
os 400m, mas se conseguir fazer a final em 49 segundos, ficarei muito
feliz”, afirmou o paraense de Marabá.
A campeã mundial Terezinha Guilhermina é integrante do Time São Paulo, uma parceria do CPB com a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com deficiência de São Paulo, que apoia 41 atletas de nove modalidades.
A participação do Brasil no Mundial de Atletismo é custeada por um convênio do Ministério do Esporte com o CPB.
O Brasil está em terceiro no quadro de medalhas, com 11 ouros, sete pratas e 11 bronzes.
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