6 de out. de 2014

Acessibilidade à pessoa com deficiência auditiva na eleição esbarra em desinformação

Foto de uma urna eletrônica


Uma das novidades da eleição em Sorocaba (SP) neste ano foi a introdução de intérpretes de libras destacados pela Justiça Eleitoral para a acessibilidade às pessoas com deficiência auditiva


 Mas, infelizmente, a iniciativa parece ter esbarrado na falta de divulgação: em um dos locais que contaram com intérprete, a Escola Municipal "Visconde de Porto Seguro", no Centro da cidade, nenhum eleitor com deficiência apareceu para registrar o voto.


A intérprete designada para o local é Meire Terezinha da Veiga. Ela foi indicada para a Justiça Eleitoral por um trabalho voluntário de acessibilidade que desenvolve em uma paróquia do Jardim Tatiana. Lá, nenhum surdo sabia que a iniciativa estava sendo implantada. 


"Não teve divulgação. É difícil para eles acessarem os meios tradicionais de comunicação, se informam mais por redes sociais e, nelas, não houve aviso nenhum", lamenta.


Apesar da baixa procura na escola, Meire considera que a experiência deve ser ampliada nas próximas eleições. 


"Eles se sentem excluídos da sociedade. Precisam se comunicar, e quando percebem esse cuidado, o vêem como um ato de carinho e de amor", analisa, comparando a situação da pessoa com deficiência auditiva com a de um brasileiro em outro país. 


"Eles precisam se comunicar. É como um brasileiro que ouve alguém falando português em uma multidão de estrangeiros", conta.


Segundo a Justiça Eleitoral, foram montadas 126 seções especiais em Sorocaba, em oito locais de votação - ou seja, cada intérprete ficou responsável, em média, por 15 seções.


Fonte: G1


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