9 de out. de 2014

Instituto faz atendimento gratuito a crianças com deficiência visual no RS

Foto de Sofia brincando com um bichinho


O Dia Mundial da Visão é comemorado nesta quinta-feira (9). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em cada 10 casos de cegueira, oito poderiam ter sido tratados. 


Em Porto Alegre, um instituto oferece atendimento de graça para crianças de até quatro anos, com o objetivo de dar um diagnóstico correto e evitar a cegueira infantil.


O Instituto VER existe há sete anos na capital gaúcha e é especializada na prevenção da cegueira infantil


Conforme a presidente da organização, Rosane Ferreira, 80% da cegueira poderia ser evitada se diagnosticada e 20% poderia ser prevenida. Leis municipal e estadual obrigam os recém-nascidos a realizar o "teste do olhinho".


"O teste diagnostica todo problema sério que impede a visão da luz de bater no fundo do olho e voltar. Então, é um teste bastante simples, que capta problemas importantes, como catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma", explicou Rosane.


Segundo a médica, nem todos os casos são detectados já no teste. Por isso, é importante que mesmo que tenha realizado o exame, a criança faça uma avaliação com um oftalmologista do primeiro ao sexto mês de vida.


Uma das pacientes do instituto, a pequena Sofia, de 11 meses, realiza atividades semanalmente. O pai, Adriano Geyer, explica que a deficiência visual foi diagnosticada no terceiro mês da menina.


"Na verdade, a gente notava que ela não fixava muito a visão, até chamava mais atenção dela ruídos, alguma coisa sonora. A partir dos três meses, avaliando junto com outras crianças, foi o que nos chamou atenção maior, o que fez com que de fato a gente fizesse o teste. No terceiro mes foi receitado o uso do óculos e agora no 11º mês ela já diminuiu um grau de miopia", explicou.


A mãe, Leticia Geyer, ressalta que no instituto a criança faz exercícios. "Ela tá fixando melhor o olhinho e ela se sente melhor com o óculos, brinca melhor", completou.


Rosane explica que são realizadas sessões de estimulação visual com Sofia. "É importante a gente saber que a gente não enxerga com o olho, mas com o córtex cerebral. O olho é só o órgão sensorial que capta as imagens para levar para o cérebro. Então, na estimulação visual, a gente estimula a via óptica até o cérebro. Se a gente não faz isso, o cérebro acaba desligando o olho", salientou.


Fonte: G1



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