3 de out. de 2014

Hipertiroidismo e Hipotiroidismo: você sabe a diferença?



 
 A tireoide ou tiroide é uma glândula que fica localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como “pomo de Adão”, popularmente chamado gogó. 


A tiroide produz os hormônios tiroidianos, que são responsáveis por várias atividades do corpo, principalmente aquelas relacionadas com o desenvolvimento e crescimento de órgãos e sistemas.     


A secreção aumentada dos hormônios tiroidianos provoca o hipertiroidismo e a secreção diminuída, o hipotiroidismo


A diferença entre essas duas doenças está não só nos sintomas e sinais que apresentam, mas, também, nas suas causas. 


O hipertiroidismo é caracterizado pela hiperatividade da tiroide e a tirotoxicose é a síndrome causada pelo excesso de hormônios tiroidianos. É preciso diferenciá-las, pois pode haver tirotoxicose sem hipertiroidismo. 


As causa mais comum de tirotoxicose é a Doença de Graves, caracterizada por hipertiroidismo, alterações oculares, doença cutânea localizada e, raramente, aumento das pontas dos dedos. 


Em geral, o bócio, que é o aumento do volume da tiroide, e o excesso de hormônios tiroidianos são os predominantes, e os sinais específicos são a projeção do globo ocular para a frente e as alterações da pele.


Já as causas de tirotoxicose sem hipertiroidismo são doenças inflamatórias da tiroide, como a tireoidite subaguda, tireoidite crônica de Hashimoto e uso de amiodarona, um medicamento utilizado no tratamento da arritmia cardíaca, uso de hormônios tiroidianos para emagrecer e até mesmo um tipo de tumor ovariano que desenvolve células produtoras de hormônios tiroidianos.


Como causas do hipotiroidismo, pode-se citar a idade acima de 60 anos, doença tiroidiana primária ou secundária, a doença da hipófise, tireoidite autoimune, tratamento com iodo radioativo (após cirurgia de câncer de tiroide), radioterapia no pescoço, ressecção parcial ou total da tiroide (tiroidectomia por bócio ou câncer) e uso de medicamento (lítio, amiodarona, iodo e antitiroidianose tratamentos). 


Algumas crianças nascem com hipotireoidismo porque não têm a tireoide ou porque a mesma não funciona bem. 


O Teste do Pezinho, que é feito em recém-nascidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Programa de Triagem Neonatal, é capaz de diagnosticá-la. 


A criança identificada com a doença deve começar a ser tratada de imediato, para ter um desenvolvimento físico e mental normal, e manter o medicamento, que é o hormônio tiroidiano sintético por toda a vida. 


Em sua forma mais suave, o hipertiroidismo pode não apresentar sintomas reconhecíveis ou apresentar apenas sintomas generalizados, como sensação de desconforto e fraqueza. 


Com o desenvolvimento da doença, há um aumento na tiroide, que pode estar associado a vários outros sintomas e sinais, como hiperatividade, irritabilidade, insônia, ansiedade, intolerância ao calor, pele quente e suada, queda de cabelos, aceleração dos batimentos cardíacos, palpitações, nervosismo, mãos trêmulas e suadas, perda de peso cansaço ao exercício, coceira no corpo, sede e poliúria (aumento do volume urinário), aumento do número de defecações, redução ou suspensão da menstruação, perda da libido, disfunção erétil , náusea e mal-estar gástrico.


No caso do hipotireoidismo, alguns sintomas e sinais se manifestam: fadiga, fraqueza, intolerância ao frio, desaceleração dos batimentos cardíacos, perda do apetite, rouquidão, inchaço, face mixedematosa, aumento da língua, surdez, depressão, dor nas juntas, intestino preso, menstruação irregular, pele seca e áspera, queda de cabelo, ganho de peso e aumento do colesterol no sangue.


Tratamentos


O tratamento da tirotoxicose e do hipertiroidismo depende da causa.


Tirotoxicose: uso de medicamentos antitiroidianos, iodo radioativo e a retirada cirúrgica da glândula, esta indicada em poucos casos. 


Exoftalmia: uso de medicamento (corticoide e imunossuoressores) e, quando indicada, cirurgia. 


Bócio multinodular tóxico: com medicamentos antitiroidianos, remoção cirúrgica, iodo radioativo ou injeção percutânea de álcool (etanol). 


Adenoma tóxico: pode-se indicar medicamentos antiroidianos, iodo radioativo ou remoção cirúrgica. 


Tumores de placenta: são tratados com cirurgia e quimioterapia. 


Tiroidites: com medicamentos analgésicos e betabloqueadores e, se indicado, cirurgia. 


Struma ovarii: com ressecção cirúrgica do(s) ovário(s) e iodo radioativo. 


De forma geral, os medicamentos antitireoidianos podem ser utilizados para abaixar os níveis dos hormônios no sangue.


Para pacientes com hipotireoidismo, o tratamento é realizado com reposição de hormônio tireoideano (sintetizado em comprimidos) que a glândula não é mais capaz de produzir em quantidade suficiente. 


Desta forma, os sintomas são corrigidos em algumas semanas, sendo que o tratamento deve ser mantido pelo resto da vida. A dose varia conforme a causa e o grau do hipotiroidismo.


É imoprtante lembrar que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. 



Fonte: Bia Magalhães / Blog da Saúde



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