A
tireoide ou tiroide é uma glândula que fica localizada na parte
anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como “pomo de
Adão”, popularmente chamado gogó.
A tiroide produz os hormônios
tiroidianos, que são responsáveis por várias atividades do corpo,
principalmente aquelas relacionadas com o desenvolvimento e crescimento
de órgãos e sistemas.
A
secreção aumentada dos hormônios tiroidianos provoca o hipertiroidismo e
a secreção diminuída, o hipotiroidismo.
A diferença entre essas duas
doenças está não só nos sintomas e sinais que apresentam, mas, também,
nas suas causas.
O hipertiroidismo é caracterizado pela hiperatividade
da tiroide e a tirotoxicose é a síndrome causada pelo excesso de
hormônios tiroidianos. É preciso diferenciá-las, pois pode haver
tirotoxicose sem hipertiroidismo.
As
causa mais comum de tirotoxicose é a Doença de Graves, caracterizada por
hipertiroidismo, alterações oculares, doença cutânea localizada e,
raramente, aumento das pontas dos dedos.
Em geral, o bócio, que é o
aumento do volume da tiroide, e o excesso de hormônios tiroidianos são
os predominantes, e os sinais específicos são a projeção do globo ocular
para a frente e as alterações da pele.
Já as
causas de tirotoxicose sem hipertiroidismo são doenças inflamatórias da
tiroide, como a tireoidite subaguda, tireoidite crônica de Hashimoto e
uso de amiodarona, um medicamento utilizado no tratamento da arritmia
cardíaca, uso de hormônios tiroidianos para emagrecer e até mesmo um
tipo de tumor ovariano que desenvolve células produtoras de hormônios
tiroidianos.
Como causas do hipotiroidismo, pode-se
citar a idade acima de 60 anos, doença tiroidiana primária ou
secundária, a doença da hipófise, tireoidite autoimune, tratamento com
iodo radioativo (após cirurgia de câncer de tiroide), radioterapia no
pescoço, ressecção parcial ou total da tiroide (tiroidectomia por bócio
ou câncer) e uso de medicamento (lítio, amiodarona, iodo e
antitiroidianose tratamentos).
Algumas
crianças nascem com hipotireoidismo porque não têm a tireoide ou porque
a mesma não funciona bem.
O Teste do Pezinho, que é feito em
recém-nascidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no
Programa de Triagem Neonatal, é capaz de diagnosticá-la.
A criança
identificada com a doença deve começar a ser tratada de imediato, para
ter um desenvolvimento físico e mental normal, e manter o medicamento,
que é o hormônio tiroidiano sintético por toda a vida.
Em sua
forma mais suave, o hipertiroidismo pode não apresentar sintomas
reconhecíveis ou apresentar apenas sintomas generalizados, como sensação
de desconforto e fraqueza.
Com o desenvolvimento da doença, há um
aumento na tiroide, que pode estar associado a vários outros sintomas e
sinais, como hiperatividade, irritabilidade, insônia, ansiedade,
intolerância ao calor, pele quente e suada, queda de cabelos, aceleração
dos batimentos cardíacos, palpitações, nervosismo, mãos trêmulas e
suadas, perda de peso cansaço ao exercício, coceira no corpo, sede e
poliúria (aumento do volume urinário), aumento do número de defecações,
redução ou suspensão da menstruação, perda da libido, disfunção erétil ,
náusea e mal-estar gástrico.
No
caso do hipotireoidismo, alguns sintomas e sinais se manifestam: fadiga,
fraqueza, intolerância ao frio, desaceleração dos batimentos cardíacos,
perda do apetite, rouquidão, inchaço, face mixedematosa, aumento da
língua, surdez, depressão, dor nas juntas, intestino preso, menstruação
irregular, pele seca e áspera, queda de cabelo, ganho de peso e aumento
do colesterol no sangue.
Tratamentos
O tratamento da tirotoxicose e do hipertiroidismo depende da causa.
Tirotoxicose: uso de medicamentos
antitiroidianos, iodo radioativo e a retirada cirúrgica da glândula,
esta indicada em poucos casos.
Exoftalmia: uso de medicamento (corticoide e imunossuoressores) e, quando indicada, cirurgia.
Bócio multinodular tóxico: com
medicamentos antitiroidianos, remoção cirúrgica, iodo radioativo ou
injeção percutânea de álcool (etanol).
Adenoma tóxico: pode-se indicar medicamentos antiroidianos, iodo radioativo ou remoção cirúrgica.
Tumores de placenta: são tratados com cirurgia e quimioterapia.
Tiroidites: com medicamentos analgésicos e betabloqueadores e, se indicado, cirurgia.
Struma ovarii: com ressecção cirúrgica do(s) ovário(s) e iodo radioativo.
De forma geral, os medicamentos antitireoidianos podem ser utilizados para abaixar os níveis dos hormônios no sangue.
Para pacientes com hipotireoidismo, o
tratamento é realizado com reposição de hormônio tireoideano
(sintetizado em comprimidos) que a glândula não é mais capaz de produzir
em quantidade suficiente.
Desta forma, os sintomas são corrigidos em
algumas semanas, sendo que o tratamento deve ser mantido pelo resto da
vida. A dose varia conforme a causa e o grau do hipotiroidismo.
É imoprtante lembrar que somente um médico pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.
Fonte: Bia Magalhães / Blog da Saúde
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