24 de jan. de 2013

Passista com deficiência auditiva desfila em escola de samba do ES

Foto ilustrativa de baianas dançando

Aos 15 anos, a passista Brunna Ramos Messias, que desfila pela Grêmio Recreativo Unidos da Piedade, em Vitória (ES), chama a atenção por onde samba

Quem vê o ritmo invejável e todo o gingado de Brunna demora a acreditar que a jovem nasceu com deficiência auditiva, aos seis meses de gestação. 

O pai de Brunna, o intérprete de apoio Bruno Messias, contou que, segundo os médicos, tanto o nascimento prematuro, quanto o fato de já ter duas pessoas com deficiência auditiva na família podem ter contribuído para o problema da jovem.

Com o tempo, o pai, que sempre esteve envolvido com o samba, passou a levar a menina aos ensaios da agremiação. "Ela acompanha a escola desde os dez anos. Quando eu ia ensaiar, ela sempre queria ir junto, para ver. Eu a levava para curtir e ela começou a pegar gosto e ficou", conta Bruno.

Ainda segundo Bruno, quem vê a passista em ação chega a duvidar da deficiência. "Muita gente que conhece ela há muito tempo às vezes tenta falar com ela normalmente, porque esquece que ela tem deficiência auditiva. Quando as pessoas a veem sambando, fica mais difícil ainda de acreditar", relata.

A própria Brunna explica o seu gingado e ritmo, por meio da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), e o pai traduz. "Ela diz que quando a bateria começa a tocar, sente no chão a vibração e começa a sambar", disse.

A passista mora com a avó, a aposentada Wanda Ramos, que transmite a mensagem deixada pela neta. "Ela chama as pessoas para sambarem também, porque as pessoas com deficiência auditiva têm condições, sim, de interagir com todo mundo", destaca.

Fonte: G1

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