24 de jul. de 2013

Sesi desenvolve software para aumentar a acessibilidade nas indústrias

Diversos símbolos que representam as pessoas com deficiência
O Sesi no Paraná desenvolveu um software que avalia as condições de acessibilidade e as deficiências compatíveis com os postos de trabalho de uma fábrica. 

 O principal objetivo do projeto é viabilizar e incentivar a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente da indústria. 

O projeto teve início em 2011, por meio do edital Sesi / Senai de Inovação e teve como parceira a BRF Carambeí.
 

A partir da integração das plataformas web e mobile, uma equipe multidisciplinar desenvolveu um sistema de análise e cruzamento de informações, que torna mais ágil o processo de identificação de postos de trabalho para deficientes e aponta as mudanças necessárias dentro da empresa. Toda a coleta de dados é feita em campo, com smartphones. O relatório final é validado por um engenheiro e um médico.

“A consultoria de acessibilidade já era desenvolvida pelo Sesi, mas agora, com o software, o processo ficou mais ágil”, explicou Agnaldo Adélio Eduardo, gestor do Sesi responsável pelo desenvolvimento do projeto. 

Entre os principais ganhos do software estão maior agilidade; redução de custos; minimização da necessidade de atuação de técnicos especializados em atividades de tabulação de dados e minimização da perda de informações a partir da gestão do conhecimento. 

Agnaldo lembrou que o software desenvolvido pelo projeto Indústria Acessível tem como resultado um diagnóstico e não um laudo. “Isso significa que a ferramenta aponta soluções, não determinações. Cabe a cada equipe de recursos humanos e de medicina do trabalho decidir se a vaga é apropriada”, ressaltou.

O lançamento oficial do software, com a apresentação dos resultados da empresa piloto, a BRF, foi nesta quinta-feira (13) e contou com a participação de representantes do Sesi e BRF. 

O coordenador de Relações de Trabalho de Recursos Humanos Corporativo da empresa de alimentos, Carlos Mello, explicou que a BRF precisava aumentar sua inclusão de deficientes. 

Segundo o coordenador, o diagnóstico permitiu que a área de Recursos Humanos percebesse oportunidades que até então eram ignoradas. 

 “Esta ferramenta chegou na hora certa. Com o diagnóstico, nós poderemos mostrar para os gestores as possibilidades comprovadas de inclusão e as melhorias para tornar estes postos acessíveis”, comentou Carlos.  

Líder nacional – Agnaldo lembrou que a inovação social é pouco trabalhada no segmento industrial. “Quando se fala em inovação industrial, a primeira referência é a área tecnológica. Mas a parte social também tem muito a desenvolver, quando o assunto é inovar”, lembrou.
 

Segundo a analista do Sesi responsável por editais de inovação, Danielle Farfus, o Paraná é o estado brasileiro que mais aprova projetos de inovação social. 

“O Sesi já tem 9 registros de ISBN (International Standard Book Number), um produto no mercado, um depósito de patente junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e dois depósitos de código fonte de softwares no INPI”, contou.
 

Para a coordenadora técnica do programa de gestão de inclusão na indústria do Sesi, Regiane Maturo, o software lançado pelo projeto Indústria Acessível é um importante avanço na área de inovação: 

“A nossa expectativa é de que, por meio desta nova ferramenta, a indústria seja referência de ambiente de inclusão dentro da sociedade e que essa forma de pensar passe a fazer parte da cultura do meio corporativo”, concluiu.
 

A nova ferramenta vai ser apresentada em Brasília em julho. A intenção do Sesi Paraná é de que o trabalho de inclusão oferecido a empresas paranaenses possa ser disponibilizado a todos os estados do país, por meio da consultoria desenvolvida aqui.


Nenhum comentário:

Postar um comentário