23 de jul. de 2013

Apesar da lei, poucas empresas dão vagas a deficientes em Rio Preto, SP

Mulher com headset
Se para a maioria das pessoas conseguir um trabalho no mercado competitivo não está fácil, imagine para quem tem algum tipo de deficiência e tem de encarar o preconceito. 

Apesar de a lei exigir que as empresas destinem um percentual de vagas para esses funcionários, isso nem sempre acontece. 

Por isso, estar preparado é o primeiro passo para conquistar um emprego.  
A rotina é corrida, mas nada tira o bom humor e a disposição do frentista Frederico Neves Elzark, de São José do Rio Preto (SP)

Ele nasceu com uma deficiência, o que nunca foi empecilho para que ele trabalhasse. Começou jovem, aos 15 anos, e continua na mesma profissão até hoje. “Prefiro vir trabalhar a ficar em casa. É mais gostoso, muito mais gratificante”, afirma.

 Ele perde a conta de quantos veículos abastece por dia, mas o que gosta mesmo de fazer é atender os clientes.

 A simpatia e dedicação conquistaram os colegas de trabalho. “Ele dá o exemplo para nós que temos tudo e não damos valor, então a gente aprende muito com ele”, diz o amigo Thiago Augusto de Souza.
 
Assim como Frederico, Rafael Alves é exemplo de força de vontade. Ele só tem 5% da visão, e é empacotador em um supermercado. Oportunidade que esperou por muito tempo. É o primeiro emprego, não tem como esconder o entusiasmo.  

“A gente se sente útil, ver que a gente consegue fazer alguma coisa, então é muito importante para nós”, diz.
 

De acordo com a lei, empresas com mais de 100 funcionários devem destinar de 2 a 5% das vagas para pessoas com deficiência. Mas na prática, isso nem sempre acontece. Muitos empregadores ainda têm preconceito, deixam de contratar porque acham que a pessoa não vai ser capaz de desempenhar as obrigações. A falta de mão de obra qualificada é outro obstáculo.

Embora exista oferta de vagas no mercado, às vezes é difícil encontrar profissionais preparados. 


“Para chegar até o mercado de trabalho é preciso de um treinamento e o Rafael chegou aqui muito bem adiantado no treinamento, e isso é muito difícil de encontrar”, afirma o gerente do supermercado Evandro Pereira.

No supermercado, além de Rafael trabalha também outro funcionário que possui deficiência. Mas existem duas vagas abertas, e a dificuldade em encontrar candidatos é grande. 

O jovem empacotador que já conquistou o primeiro emprego incentiva quem ainda não teve coragem de ir atrás de uma oportunidade. “Se quiser ser algo na vida você tem de ir atrás, porque ninguém vai fazer isso para você e nada cai do céu”, afirma Rafael.


Nenhum comentário:

Postar um comentário