Número insuficiente de lugares nas arquibancadas para pessoas obesas e com mobilidade reduzida, ausência de demarcação dos espaços para cadeirantes e falta de bebedouros, telefones e guichês acessíveis.
Esses são alguns dos problemas encontrados pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público de Minas Gerais no recém-reformado estádio do Mineirão.
O local, que vai sediar jogos da Copa das Confederações, em junho, e da Copa do Mundo, em 2014, em Belo Horizonte ,
foi entregue em 21/12, em cerimônia que contou com a participação da
presidente Dilma Rousseff (PT). O jogo inaugural só ocorrerá em
fevereiro.
Segundo a Procuradoria, após os problemas serem detectados em uma
vistoria, foi convocada reunião com representantes do governo de Minas
Gerais na sede do MPF, ontem, mas eles se recusaram a assinar um TAC
(Termo de Ajustamento de Conduta) para adequar o estádio às normas de acessibilidade.
Em nota, a Procuradoria afirma que os representantes do governo
disseram que não haveria a necessidade de assinar um TAC porque "todas
as obras serão realizadas espontaneamente pelo Estado".
Estiveram na reunião, entre outros, o secretário estadual
Extraordinário da Copa, Tiago Lacerda, e o gerente da Minas Arena Sílvio
Todeschi. A empresa é a responsável pelas obras no Mineirão e vai
operá-lo pelos próximos 25 anos.
Durante a reunião, os responsáveis pelas obras disseram ao Ministério
Público que alguns problemas já estavam resolvidos, como a reserva de 1%
dos assentos para pessoas com deficiência e outro 1% para seus
acompanhantes.
A procuradora regional dos Direitos do Cidadão Silmara Goulart, no
entanto, fez nova vistoria no local na tarde de hoje e detectou que a
maior parte dos problemas continua, mas membros do governo reafirmaram
que irão saná-los.
A reportagem procurou a Secretaria Estadual Extraordinária da Copa do
Mundo de Minas Gerais, mas não obteve resposta até o início da noite de
hoje.
Fonte: http://www.espbr.com/
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